Coordenado pelo secretário de saúde de Jaraguá do Sul, Ademar Possamai, o Colegiado de Saúde da AMVALI realizou reunião na manhã desta quinta-feira (7). O encontro contou com a participação da coordenadora da Câmara Técnica de Saúde Mental da AMVALI, Denise Thum que explanou sobre os trabalhos que estão sendo realizados através da câmara técnica e sobre a Política Nacional de Humanização – PNH.
Denise solicitou aos secretários de saúde apoio para realização de ações referentes a PNH e explicou que está política reconhece que há um SUS que dá certo, mas que existem desafios e problemas e que é necessário superá-los. É necessário dar visibilidade ao SUS que dá certo. Anunciá-lo como afirmação do horizonte utópico de que é possível produzir mudanças nas práticas de gestão e de atenção – movimento ativo de produção de reencantamento dos trabalhadores e da sociedade em geral pelo SUS, pela política pública solidária, inclusiva e de qualidade.
De acordo com Denise "não se trata de humanizar o humano, mas enfrentar e lidar com relações de poder, trabalho e afeto, produtoras de práticas desumanizadas. São diretrizes da PNH: o acolhimento, a cogestão (gestão democrática), a clínica ampliada, a valorização do trabalho e do trabalhador e a defesa dos direitos dos usuários. As diretrizes estabelecem rumos para criação/experimentação de dispositivos, arranjos de trabalho que alterem a dinâmica da organização do trabalho, construção de novas realidades institucionais, de novos modos de gerir e cuidar".
A seguir foi realizada apresentação da Rede Nacional Masculina de Prevenção e Combate ao Câncer – Rede Saúde do Homem, por Antônio Marcos de Souza. A rede foi fundada no dia 3 de agosto deste ano, em cerimônia no auditório do Sindicato do Vestuário de Jaraguá do Sul.
A iniciativa do atual presidente Antônio Marcos de Souza foi inspirada na Rede Feminina de Combate ao Câncer de Jaraguá do Sul. A rede tem como desafio estimular o homem a se prevenir contra várias doenças, principalmente o câncer de próstata.
Segundo Antônio "hoje existem mais casos de câncer de próstata, do que casos de câncer de mama no Brasil, esta informação está estatisticamente comprovada. A Rede Saúde do Homem ainda não possui uma local para prestar atendimento. Este ano ainda estamos passando pela fase de legalização para após angariar recursos juntos aos governos e a iniciativa privada para poder se ter uma sede".
Antônio também informou que entre 60 a 70% dos homens não fazem exames por desinformação e que dentre os principais objetivos da rede está informar as pessoas sobre a importância da prevenção. Dentre as ações a serem desenvolvidas pela rede e que está em seu projeto é a realização de visitas aos bairros, a periferia e a zona rural com o objetivo de levar informações sobre a prevenção até as mais diferentes localidades, além disso, criar uma cartilha que oriente a população masculina. A cartilha vai ser apreciada antes de ser impressa por médicos, dentistas e pelo do Colegiado de Saúde da AMVALI.
Dentre as finalidades da rede estão: incentivar e coordenar o trabalho de voluntariado, nas áreas de prevenção, recuperação e bem-estar dos portadores de câncer; desenvolver e promover programas e projetos de prevenção e de combate ao câncer; desenvolver parcerias com os setores públicos e privados que visem à promoção da saúde e à prevenção e ao combate do câncer; promover e apoiar eventos; promover a assistência psicológica, jurídica, nutricional e médica aos portadores de câncer, e psicológica a seus familiares; incentivar, junto à rede educacional nacional, ações educativas que visem à promoção e à atenção da saúde do homem e seu envelhecimento; desenvolver programas específicos de saúde e educação, buscando o diagnóstico precoce e a prevenção do câncer; desenvolver atividades que promovam o autoconhecimento, a cidadania e a integração dos cidadãos à sociedade; entre outros.
No Brasil, a cada cinco pessoas que morrem entre 20 e 30 anos, quatro são homens, e a cada três mortes de adultos a partir de 20 anos de idade, duas são homens, por não cuidarem da própria saúde. O homem, além da desinformação, julga-se invulnerável, tem medo que o médico descubra que algo vai mal com a sua saúde e têm dificuldade em reconhecer as suas necessidades, cultivando o pensamento mágico que rejeita a possibilidade de adoecer. Além do câncer de pele não melanoma e da próstata, outras doenças que mais afetam o sexo masculino e, que são um problema de saúde pública, tais como outros tipos de câncer, diabetes, colesterol, pressão arterial elevada e doenças do coração.
Conforme o Instituto Nacional do Câncer – INCA um dos principais desafios dos países em desenvolvimento é definir e implementar estratégias efetivas para prevenção e controle das doenças e agravos não transmissíveis (DANT). No Brasil, as doenças cardiovasculares, o câncer, as causas externas e o diabetes representam mais da metade do total de causa de óbitos. Ações de prevenção primária e detecção precoce de doenças são capazes de reduzir a mortalidade, melhorar o prognóstico e qualidade de vida dos doentes. O planejamento e implementação de políticas de saúde nesta área requerem a estruturação de sistemas de vigilância de fatores de risco.
Outro assunto discutido na reunião foi referente ao incentivo dos municípios nas cirurgias eletivas. De acordo com Ademar Possamai foi sugerido aumentar o valor de repasse para ficar dentro do que o Estado repassa, para usar o mesmo valor de referência.
Maiores Informações: Ademar Possamai (47) 9973-3323
Antônio Marcos de Souza (47) 9103-9359
Denise Thum (47) 9914-1904.