A Escola de Educação Básica Teresa Ramos de Corupá comemorou 70 anos de fundação no dia 19 de maio. Para comemorar o evento, a direção, APP e professores da escola organizam a solenidade em homenagem ao aniversário no dia 22 de maio (sábado), com início às 8h30.
A Escola de Educação Básica Teresa Ramos de Corupá foi inaugurada em 19 de maio de 1940, com o nome de Grupo Escolar "Teresa Ramos", em homenagem à mãe de Nereu Ramos, o então Interventor Federal.
É a maior escola do município de Corupá. Atualmente possui 52 funcionários entre administrativo, pedagógico, professores e serventes. O quadro administrativo é composto pela diretora geral Maria Garcia da Silva Rocha, assessora administrativa Solange Baniski, secretária Jeni Garcia, assistentes técnico-pedagógicos Maria Jane Kopermann, Sirlene Maria Morais, Dulcemery Feiler Macarini e supervisora Bernadete Pessoa Wedderhoff. Além deste quadro, conta com apoio de órgãos auxiliares: Conselho Deliberativo e a APP (Associação de Pais e Professores).
O corpo docente da escola é formado por 47 professores, 2ª a 4ª série (3), 5ª a 8ª série (20) e ensino médio (24). O corpo discente é formado por 912 alunos, assim distribuídos: ensino fundamental (2ª a 4ª série: 142), ensino fundamental (5ª a 8ª série: 240), e ensino médio: 530.
O objetivo da escola é proporcionar ao educando, condições para o desenvolvimento de suas potencialidades, oportunizando ao aluno a busca de conhecimento, construindo seu saber de forma elaborada, crítica e participativa.
História da Escola
A escola foi fundada em 19 de maio de 1940, com o nome de Grupo Escolar Teresa Ramos. O nome é uma homenagem à mãe do então Interventor Federal Dr. Nereu Ramos, presente no ato inaugural com demais autoridades.
Nereu Ramos foi eleito governador, em 1935, sendo nomeado interventor em 1937, permanecendo neste cargo até 1945.
Teresa Fiuza Ramos é a patrona benemérita da Escola. Nasceu na cidade de Faxinal, São Paulo. Casou-se em Lages com Dr. Vidal Ramos e desta união nasceram 14 filhos. Dedicou-se pela educação do estado. O terreno do Colégio Catarinense de Florianópolis foi doado por Teresa Ramos, pois no local existia uma chácara de sua propriedade. Faleceu no dia 22 de fevereiro de 1924.
Na década de trinta um grupo de pessoas do Distrito de Hansa Humboldt, município de Jaraguá do Sul, concluiu que a prioridade do momento era um educandário de 1ª a 4ª série, que atendesse todas as crianças em idade escolar da Vila Hansa.
Os associados da Sociedade Esport Club "Die Alten", (time de futebol), num gesto altruísta doaram seus bens patrimoniais ao Estado de Santa Catarina. Era um campo de futebol situado na Rua Oswaldo Cruz (hoje Vidal Ramos, nº 75). O terreno com área de 7.040m2, era suficiente para construir um Grupo Escolar.
O empenho de autoridades locais como Carlos Tozini, Intendente Distrital, professores e pais colaboraram para a sanção da Lei nº 213, pelo Interventor Federal Dr. Nereu Ramos, autorizando a construção do Grupo Escolar.
A obra concluída tinha quatro salas de aula, portaria, gabinete de diretor, gabinete odontológico, cooperativa, sala para o museu e dois sanitários para professores. No galpão, que servia de abrigo para os alunos havia sanitários de ambos os lados (masculino e feminino). Na parte superior, um gabinete de Educação Física e no lado oposto a cozinha.
A primeira pintura do prédio era padrão da época: janelas e portas verdes, paredes externas amarelas e internamente todas as dependências de branco. O primeiro diretor e professor da escola foi Edmundo Santos. Em 1941, oficializou-se o Curso Primário Complementar, com duração de três anos, correspondendo a atual 5ª a 8ª série.
O Curso Normal Regional "João do Prado Faria", funcionando anexo ao mesmo grupo, com a 1ª e 3ª séries, foi criado em 1949. Este curso visava a formação de Regentes de Ensino Primário. Os formandos da 1ª Turma em 1952 tiveram como paraninfo, o então Prefeito de Jaraguá do Sul, Artur Müller.
Em 21 de setembro de 1957, dia da árvore, foi plantada uma figueira (ficus), no centro do pátio, pelos alunos do Clube Agrícola "Alberto Torres", orientados pelo professor Waldemar Schultz, cuja muda foi adquirida do Sr. Leopoldo Seidel. Esta árvore transformou-se no emblema (símbolo da escola), que expressa força, grandeza e desenvolvimento.
Em 1964 o curso Normal Regional João do Prado Faria foi extinto em substituição ao Ginásio Normal João do Prado Faria, criado pela Lei nº 4.441, também anexo ao mesmo Grupo Escolar. A Colação de Grau da Primeira Turma do Ginásio Normal João do Prado Faria ocorreu em 1967.
A nomenclatura Escola Básica Teresa Ramos foi criada pelo decreto SEE (Secretaria de Educação do Estado) de 8 de fevereiro de 1971, nº 10.362. A mudança na nomenclatura deu-se em virtude da inclusão de todo o ciclo básico até a 8ª série.
Em 18 de abril de 1979, pelo decreto nº 7.405, Parecer 45, criou-se na escola, o 2º Grau, com a habilitação Técnico em Contabilidade, passando a denominar-se Colégio Estadual Teresa Ramos. A primeira matrícula no 1º ano somou 157 alunos, mas apenas 48 alunos concluíram o curso em 1981.
A escola já ofereceu diversos cursos de 2º Grau: Técnico em Contabilidade, Técnico em Agropecuária, Magistério e Curso Integrado (antigo científico).
No decorrer destes 70 anos, passaram pela escola Teresa Ramos 15 diretores gerais e centenas de professores que colaboraram para o desenvolvimento cultural e educacional da comunidade corupaense. Foram feitas várias reformas, ampliações e construções. Atualmente a escola possui 13 salas de aula e outras dependências.
Desde 2000 com a nova LDB, a nomenclatura da escola passou para Escola de Educação Básica Teresa Ramos.
Em 2002, iniciaram as obras de construção do ginásio de esportes com quadra coberta. A área construída de 1009m2 teve custo de 495.881,59 e foi inaugurada em 8 de abril de 2006.
Diretores da Escola Teresa Ramos
Diretores |
Período |
1-Edmundo dos Santos 2- Eugênio Marchetti 3- Antônio de Lara 4- Nicola Baptista 5- Simírames Duarte Silva Bosco 6- Zélia Ozório Ewald 7- Waldemar Schultz: Diretor Geral 8- Elli Lennert Schultz: Diretora Geral * Irmã Lucy Broering: Diretora de 1º Grau * Bregitte Adler: Diretora de 1º Grau * Luís Carlos Schultz: Diretor de 2º Grau 9- Herrmann Susenbach: Diretor Geral * Elísio Wedderhoff: Diretor de 1º Grau * Luís Carlos Schultz: Diretor de 2º Grau 10- Celita do Nascimento Paterno Diretora Geral 11 -Elisio Wedderhoff Diretor Geral 12- Marlene Hoffmann Correa: Diretora Geral * Diana Seidel Bortolotti: Diretora Adjunta 13- Rosane Buschle: Diretora Geral * Margot Hauffe: Diretora Adjunta * Lairton Hartmann Müller: Assessor Administrativo 14- Marga Rita Dominoni 15- Maria Garcia da Silva Rocha * Assessora Administrativa: Solange Baniski |
1940 1942 1944 1945 1946-1952 1952-1974 1974-1981 1982-1985 1982 1985: transferida 1985 1982-1985 21/12/85 – 1990 21/12/85 – 1990 21/12/85-1990 1991-1994 1995-1998 1999-2002 1999-2002 2003- 2006 2003- abril de 2005 Maio de 2005-2006 2007-2009 2010 2008-2010 |
Linha do tempo
1949: Inauguração da escola
1941: Oficialização do Curso Primário Complementar, com duração de três anos, correspondendo a 5ª a 8ª série
1949: Criação do Curso Normal Regional João do Prado Faria, que visava a formação de Regentes de Ensino Primário
1952: Formatura da Primeira Turma do Curso Normal Regional João do Prado Faria
1957: Plantio da figueira no centro do pátio
1964: Extinção do curso Normal Regional João do Prado Faria e criação do Ginásio Normal João do Prado Faria, pela Lei nº 4.441.
1967: Colação de Grau da Primeira Turma do Ginásio Normal João do Prado Faria
1971: Uso da nomenclatura Escola Básica Teresa Ramos em virtude de incluir todo o ciclo básico (até a 8ª série)
1976: Ampliação da biblioteca Machado de Assis.
1977: Construção da cancha polivalente, em sistema de mutirão, com a colaboração de professores e alunos da Escola Apostólica "Sagrado Coração de Jesus" (Seminário), sob a orientação do então, Padre Vilberto Gianesini.
1978: Instalação do Laboratório de Ciências
1978: Pesquisa na comunidade para verificar o interesse na criação do 2º Grau.
1979: Criação do 2º Grau com a habilitação Técnico em Contabilidade, passando a denominar-se Colégio Estadual Teresa Ramos.
1981: Formatura da Primeira Turma do 2º Grau
1983: Construção da sala do pré-escolar e o parque infantil
1990 até 2000: Construção do auditório e ampliação da frente da escola com área administrativa, construção de duas salas de aula, biblioteca, sala dos professores na área superior.
2000: Uso da nomenclatura Escola de Educação Básica Teresa Ramos, em virtude da nova LDB
2002: Conclusão de mais duas salas de aula, cozinha, banheiros e cantina. Início das obras de construção do ginásio de esportes com quadra coberta
2006: Inauguração do ginásio de esportes com quadra coberta. A área construída de 1009m2 teve custo de 495.881,59 e foi inaugurada em 8 de abril de 2006.
Vidal Ramos
Teresa Fiuza Ramos, casada com Vidal José de Oliveira Ramos Júnior, de cuja união nasceram 14 filhos. Vidal Ramos nasceu em Lages, no dia 24 de outubro de 1866 e faleceu no Rio de Janeiro em 1954.
Foi um político brasileiro e exerceu diversos cargos no estado. Foi presidente de Santa Catarina, de 28 de setembro de 1910 a 20 de junho de 1914, senador pelo mesmo estado, de 1915 a 1929. Foi deputado à Assembléia Legislativa Provincial na 26ª legislatura, de 1886 a 1887, deputado estadual na 1ª legislatura, de 1894 a 1895, na 2ª legislatura, de 1896 a 1897, na 4ª legislatura, de 1901 a 1903. Foi deputado federal na 6ª legislatura, de 1906 a 1908, na 7ª legislatura, de 1909 a 1911, renunciando em 1910, na 13ª legislatura, de 1927 a 1929.
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.
Nereu Ramos
Um dos filhos do casal, Nereu de Oliveira Ramos, nasceu em Lages, no dia 3 de setembro de 1888 e faleceu em São José dos Pinhais em 16 de junho de 1958, aos 69 anos.
Nereu Ramos foi advogado e político brasileiro. Atuou como presidente da República (20º), durante dois meses e 21 dias, de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956. Foi vice-presidente do Brasil, eleito pelo Congresso Nacional, de 1946 a 1951.
Foi o único catarinense que presidiu o Brasil. Contudo, o catarinense Márcio de Sousa Melo fez parte da junta militar que governou o país de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969.
Faleceu em 16 de junho de 1958, em desastre aéreo. O avião, um Convair CV-440 de matrícula PP-CEP da Cruzeiro do Sul, procedente de Florianópolis, acidentou-se durante o pouso em São José dos Pinhais (PR), vitimando 18 dos 24 ocupantes. Também faleceram no acidente, os políticos catarinenses Jorge Lacerda, governador de Santa Catarina na ocasião, e Leoberto Leal, então deputado federal por Santa Catarina.
Foi sepultado no Rio de Janeiro. Seus restos mortais foram depois transladados para Lages, sua cidade natal, sendo resguardados no Memorial Nereu Ramos, juntamente com um acervo de documentos e fotografias, e também partes do avião acidentado.
Mais informações: 3375-1149.