Um renomado escritor brasileiro e um conceituado jornalista referendam a obra do escritor francês Daniel Fresnot, convidado especial da Fundação Municipal da Cultura, da Biblioteca Pública Municipal Dolores Jimenez Hernandez e da Secretaria Municipal da Educação, Cultura e Desporto de Barra Velha e que nestes dias 12 e 13 de agosto recebe homenagens no município. Moacyr Scliar e Alberto Dines elogiam o livro "A Terceira Expedição", obra de ficção científica lançada em 1986 por Daniel Fresnot e que retrata o cotidiano de Barra Velha após uma hecatombe nuclear.
É embasada nesta obra que a Fundação Municipal de Cultura organiza o evento literário no município. O escritor, nascido na França e radicado no Brasil, vai participar de eventos do cronograma desenvolvido pela equipe do diretor-presidente da Fundação de Cultura, José Carlos Fagundes. Ontem, quinta-feira, dia 12 de agosto, houve a entrega de uma placa de Menção Honrosa ao escritor, conferida pela Câmara de Vereadores do município, no plenário Getulio Bittencourt, em Barra Velha.
Em seguida, houve bate-papo de Fresnot com os alunos das terceiras séries do ensino médio da Escola de Educação Básica Astrogildo Odon de Aguiar, na própria unidade escolar, na rua Paraná, centro de Barra Velha. Nesta sexta-feira, dia 13 de agosto, às 15h, no auditório da Secretaria Municipal de Educação, haverá a apresentação do escritor aberta ao público em geral. O tema é "Vida, Obra e Relação de Daniel Fresnot com a Cidade de Barra Velha".
Para se ter ideia de como o autor é conceituado, sua obra é considerada por muitos críticos do gênero o melhor livro de ficção científica do Brasil. De acordo com Moacyr Scliar, escritor e membro da Academia Brasileira de Letras, a ficção "Terceira Expedição" segue a qualidade de "O cerco de Nova York (1984)", obra anterior de Fresnot, a qual "já revelava as qualidades do excelente ficcionista". "Em primeiro lugar, a capacidade de contar história, arte olvidada especialmente numa época em que o minimalismo parece dispensar os autores da obrigação de seguir uma trama com princípio, meio e fim", avalia Moacyr – mas "contar bem, como faz Daniel Fresnot, ainda é o ponto de partida da ficção".
"Daniel Fresnot narra, então, com inteligência e humor, duas outras qualidades importantes para um ficcionista. Através das páginas do livro "A Terceira Expedição", acompanhamos fascinados a trajetória da expedição a São Paulo e sua luta para preservar os sobreviventes". E finaliza: "É importante ouvi-lo, sobretudo por causa de seu talento e de sua seriedade. Já o jornalista Alberto Dines, apresentador do programa Observatório da Imprensa, da TV Brasil, no Rio de Janeiro, diz que "… ‘A Terceira Expedição' não é ficção científica, mas ficção da melhor qualidade".
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Biografia do escritor
Daniel Fresnot nasceu na França em 1948 e posteriormente imigrou com a sua família para São Paulo. Nos anos conturbados da década de 60, quando era universitário na USP, se engajou na luta contra a ditadura militar, foi perseguido e teve que exilar-se na França, onde se doutorou em Literatura pela Sorbonne, Universidade de Paris.
Mais tarde, Daniel visitou vários países da Europa, América, África e Oriente Médio, permanecendo um ano na Alemanha, onde lecionou literatura na Universidade de Frankfurt. Em 1981, quando retornou ao Brasil, começou uma dupla carreira: de industrial e escritor. Publicou "Três continentes e outros continentes", "O cerco de Nova York e outras histórias" e "Sete histórias da história".
Foi finalista do Prêmio Jabuti em 1991. Em 1987, publicou o livro de ficção científica "A Terceira Expedição", cuja história se passa em Barra Velha. Alguns personagens do livro foram inspirados em pessoas da cidade, como por exemplo, Dr. Abraham, que lembra o nosso médico naturalista Dr. Abraham Marcovici.
Este livro ("A Terceira Expedição") narra a trajetória de um grupo de sobreviventes, que de depois de um conflito nuclear, onde grande parte da população mundial desapareceu, conseguiu superar as adversidades e restabelecer a vida normal. De Barra Velha, no litoral norte de Santa Catarina, sob o comando do capitão Dino, os sobreviventes organizaram expedições para chegar a São Paulo. O escritor franco-brasileiro é casado, tem quatro filhos e uma neta.
Fonte:
José Carlos Fagundes
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