Sindicato do Vestuário realiza manifesto pelo fim da violência contra as mulheres

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Jaraguá do Sul – O Sindicato dos Trabalhadores do Vestuário promove panfletagem no centro da cidade, a partir das 10 horas de hoje (25 de novembro), em celebração ao Dia Internacional de Luta Pelo Fim da Violência Contra a Mulher. A iniciativa é do Departamento da Mulher do STIVestuário e tem como objetivo denunciar a violência e alertar as mulheres sobre as formas de se livrar da rotina de violência ou mesmo evitar que aconteça. "Vamos entregar para a população um material impresso, com informações, dados e dicas sobre o assunto", esclarece a coordenadora do Departamento da Mulher do STIVestuário e vice-presidente da entidade, Rosane Sasse. O impresso será distribuído de maneira unificada nos três estados do sul do país, mais Mato Grosso do Sul, pelos Sindicatos filiados às Federações de Trabalhadores, entre elas, a Fetiesc. O folder (em anexo) também foi enviado a todos os vereadores, prefeitos das cidades vizinhas representadas pelo STIVestuário, Fórum, Secretaria de Desenvolvimento Regional, Justiça Federal, Delegacia da Mulher, Farmácia e Recreativa do Sindicato.

De acordo com Rosane Sasse, Jaraguá do Sul é uma cidade com muitas ocorrências de violência contra as mulheres. "Apenas no primeiro mês de funcionamento da Delegacia da Mulher foram feitas 136 denúncias", assinala Rosane, lembrando que a instalação da Delegacia da Mulher (inaugurada em setembro deste ano) foi fruto de um trabalho iniciado há mais de 10 anos, pelo próprio Sindicato. "Fizemos um abaixo assinado com a adesão de cerca de 8 mil pessoas e fomos pessoalmente entregar o documento a secretária de Segurança Pública do Estado", informa a sindicalista. Mesmo com a implantação da Delegacia da Mulher, Rosane considera insuficientes os esforços para barrar a violência contra as mulheres. De acordo com ela, falta ao governo do estado a adoção de medidas protetivas, como a assinatura do Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulher, que prevê a liberação de recursos para que a Lei Maria da Penha, sancionada em 2007, funcione plenamente.

Origem da data

Las Mariposas, como eram conhecidas as irmãs Mirabal – Patria, Minerva e Maria Teresa – foram brutalmente assassinadas pelo ditador Trujillo em 25 de novembro de 1960 na República Dominicana. Neste dia, as três irmãs regressavam de Puerto Plata, onde seus maridos se encontravam presos. Elas foram detidas na estrada e assassinadas por agentes do governo militar. A ditadura tirânica simulou um acidente. Minerva e Maria Teresa foram presas por diversas vezes no período de 1949 a 1960. Minerva usava o codinome "Mariposa" no exercício de sua militância política clandestina. Este horroroso assassinato produziu o rechaço geral da comunidade nacional e internacional em relação ao governo dominicano, e acelerou a queda do ditador Rafael Leônidas Trujillo.

Em 25 de novembro de 1991 foi deflagrada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, que propôs os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, que começam no 25 de novembro e encerram-se no dia 10 de dezembro, aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, proclamada em 1948. Em março de 1999, o 25 de novembro foi reconhecido pelas Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. "Combater e impedir a violência sexista através da construção de um novo pacto social que reconheça as mulheres e seus direitos", reforça Rosane.