A Escola Municipal Professor Arnoldo Schulz, da localidade Rio da Luz Vitória, distante cerca de 25 quilômetros do Centro do município, comemorou na última quarta-feira (7) 107 anos de fundação. Foram realizadas sessão cívica em razão do Dia da Independência do Brasil e apresentações musicais tendo como protagonistas estudantes e pais. A unidade é multisseriada e conta atualmente com sete alunos de idade entre sete e dez anos e quatro funcionários – uma diretora/professora, dois professores e uma servente/merendeira. A instituição, que está numa área essencialmente agrícola, recebe no próximo dia 22 a visita de técnicos da Epagri para implantação, provavelmente ainda este ano, de uma horta comunitária, na qual moradores daquela região poderão plantar legumes, frutas e verduras para subsistência das famílias e para ampliação do vínculo entre escola e comunidade.
De acordo com a tese de doutorado em História da ex aluna da instituição, Rosane Welk, "De Borboleta à Lagarta: A Trajetória da Escola da Comunidade de Rio da Luz Vitória", apresentada em 1999 à Universidade de León, na Espanha, a escola começou as atividades em 1904 com 15 alunos numa sala onde acontecia cultos da Igreja Luterana. A unidade já teve os seguintes nomes: Deustsche Schule, Escola Estadual Desdobrada de Rio da Luz Vitória, Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio da Luz Vitória e, agora, Escola Municipal de Ensino Fundamental Professor Arnoldo Schulz.
"As crianças eram ensinadas nas próprias casas dos colonos, até que em 1904, no mesmo ano em que entra em funcionamento a Sociedade das Escolas Alemãs de Santa Catarina, após passar por algumas reformulações desde sua criação em 1900, foi construída uma pequena escola de madeira nas terras de propriedade de Otto Ramthum e Otto Kickhöfel…que em 6 de maio de 1909 transferem oficialmente 15 morgos de sua propriedade para a Sociedade Escolar do Ribeirão da Luz Vitória. O fato dos imigrantes e seus descendentes criarem suas próprias escolas garantiu mais ainda que os traços culturais trazidos da Europa fossem preservados, pois geralmente o professor era alguém eleito da própria comunidade ou oriundo da Alemanha. Não podia faltar ao emigrado a escola. A Alemanha, através do Consulado Imperial Alemão para Santa Catarina, subvencionava as escolas, ajudando-as no pagamento de professores e na compra de material didático", diz Rosane em sua tese.
Fonte: Sandra Regina Planinscheck – diretora da Escola Professor Arnoldo Schulz – (47) 3055-8702
Altamir Ricardo
Jornalista (0003380 SC)
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