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Jaraguá implanta sistema de monitoramento de pragas em bananais

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Projeto é desenvolvido por meio de uma parceria entre Prefeitura de Jaraguá, Abajas e Epagri

A Secretaria do Desenvolvimento Rural e Agricultura está implantando um sistema de monitoramento de pragas em bananais do município jaraguaense, em parceria com a Associação dos Bananicultores de Jaraguá do Sul (Abajas) e a Epagri. O trabalho é realizado por uma equipe de seis integrantes – quatro da Prefeitura de Jaraguá e um de cada instituição parceira – desde novembro do ano passado, depois de passar por uma capacitação na Epagri e na Associação de Bananicultores de Luís Alves, um dos municípios que já utiliza este sistema há alguns anos e com bons resultados, segundo o agrônomo da prefeitura jaraguaense, Roberto Nagel.

Integrante da equipe técnica de monitores, Nagel informa que a ideia é proporcionar aos bananicultores do município a aplicação de tecnologias que tragam retorno para eles tanto em aspectos econômicos de produção de bananas como ambientais. "Para isso, o monitoramento faz parte de um conjunto de medidas, como manejo do solo, desbrota, análise de solo, adubação, cobertura de solo, desfolha de folhas doentes, uso racional de agrotóxicos entre outras, que possibilitam diminuir os custos e produzir mais", salienta, acrescentando que a iniciativa está sendo desenvolvida de forma que sirva de modelo dentro do município e tem como projeto piloto a propriedade do produtor Pedro Bockor, que cultiva 15 mil pés de bananas em uma área de oito hectares localizada no Ribeirão das Pedras.

Para fazer o monitoramento de pragas como sigatoka (doença fúngica que ataca as folhas) e moleque-da-bananeira (besouro cujas larvas atacam o rizoma e as raízes da bananeira), a equipe, seguindo a metodologia, estabeleceu dez pontos na propriedade de Bockor, tendo como amostragem uma planta em cada um deles. "Estamos desenvolvendo a calibragem do olho para que todos os integrantes da equipe tenham uma percepção semelhante das fases da sigatoka ao analisar as manchas encontradas na folha", explica Roberto Nagel.

De acordo com ele, no trabalho de monitoramento acontece uma vez por semana, exceto quando há aplicação do fungicida ou chuva. Em cada visita é verificado o número de manchas nas folhas e o desenvolvimento da planta, sendo tudo registrado em uma etiqueta pendurada na bananeira e numa planilha que fica com o técnico para a tabulação dos dados. Estas informações possibilitam orientar qual o momento certo e o tipo de agrotóxico a ser aplicado. Num segundo momento, a previsão é que sejam implantadas estações meteorológicas para fornecer informações que serão cruzadas com esses dados da avaliação biológica da praga. "Com isso, vai ser possível fazer uma leitura sobre as condições da evolução da praga, o que implica diretamente na aplicação de agrotóxicos ou não", esclarece Nagel.

O agrônomo salienta que outro fator positivo do monitoramento é que o produtor se envolve no processo e fica mais atento às pragas. Esta atitude pode ser percebida no depoimento de Pedro Bockor, quem avalia que passou a fazer um trabalho mais correto. "Sempre era costume pulverizar a cada 30 dias, mas não sabia a hora certa e com a leitura do monitoramento a gente sabe o que fazer", reconhece o produtor. Para ele, outra questão importante é a análise de solo, "porque a gente dá o que a planta tá precisando e antes a gente podia tá usando um adubo que não era o correto".

Roberto Nagel diz que o próximo passo é levar o monitoramento a outras comunidades produtoras de banana de Jaraguá do Sul. Neste sentido, serão realizados estudos para localizar as bacias hidrográficas e verificar a direção de ventos para selecionar as propriedades mais representativas das bacias. O agrônomo informa que a cultura da banana é a principal atividade agropecuária do município jaraguaense, onde, segundo dados de 2009 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há 261 estabelecimentos produtores, somando cerca de 1.900 hectares de plantações. Ainda de acordo com o IBGE, a produção anual é de 38,9 mil toneladas, representando um faturamento total de R$ 10.581.000,00 nesta atividade.


Fonte: Roberto Nagel – engenheiro agrônomo da Secretaria do Desenvolvimento Rural e Agricultura (47 – 2106-8114)

Jorge Pedroso
Jornalista (DRT/RS 6009)
Diretoria de Comunicação
Prefeitura de Jaraguá do Sul
Telefone: 2106-8013