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Sábado (19) é dia de conscientização sobre a sífilis

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A Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul, através do Programa DST/Aids, convida a população para, neste sábado (19), Dia Nacional de Combate à Sífilis, refletir sobre a importância da prevenção e do tratamento dessa doença que atinge milhares de brasileiros. Em Jaraguá do Sul, de janeiro a setembro deste ano, 70 pessoas foram diagnosticadas com sífilis, sendo 14 gestantes.

Durante o mutirão de preventivo de colo de útero, que acontece neste sábado em todos os postos de saúde de Jaraguá, os profissionais das unidades vão aproveitar o momento para sensibilizar as mulheres sobre a importância da realização do teste de sífilis, o VDRL. As mulheres grávidas devem ter especial atenção à doença, já que a sífilis congênita (doença passada da mãe para o filho através da placenta) é uma das principais causas de morte materno-fetal.

Na rede municipal de saúde é oferecido, gratuitamente, tanto o teste de sífilis quanto o tratamento para a doença, que é feito através de injeção do antibiótico penicilina. Basta procurar uma unidade de saúde e se informar com a(o) enfermeira(o) responsável. A coordenadora do Programa DST/Aids, Fabiane da Silva Ananias, explica que o exame VDRL é feito na hora, gratuitamente, no Laboratório Municipal de Saúde Pública – anexo ao Pama 1, bairro Czerniewicz – mesmo sem guia médica, e que o resultado sai, em média, dentro de dois dias.

Faça o teste de sífilis no pré-natal

O Ministério da Saúde estima que o País tenha cerca de 50 mil grávidas com sífilis todo ano. Cerca de 40% das mulheres com sífilis primária não-tratada acabam perdendo o bebê, ou a criança morre pouco depois de nascer, de acordo com o site de informações sobre gestação e bebês BabyCenter. A sífilis aumenta o risco de parto prematuro e de restrição do crescimento dentro do útero.

Em Jaraguá do Sul, o número de casos de sífilis está aumentando, como mostram os números a seguir.

Sífilis em gestantes

2011 – 15

2012 – 13

2013 (até setembro) – 14

Sífilis em crianças (congênita – passada de mãe para filho)

2011 – 4

2012 – 6

2013 (até setembro) – 3

Sífilis em geral (homens e mulheres não gestantes)

2011 – 30

2012 – 44

2013 (até setembro) – 53

Fonte: Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)

Consequências da sífilis para bebês e crianças

Alguns bebês que nascem com sífilis (sífilis congênita) não têm sintomas claros, mas podem apresentar erupções de pele e lesões na boca, nos órgãos genitais e no ânus, além de linfonodos aumentados, anemia, icterícia ou pneumonia grave nos primeiros meses de vida.

Se a doença não for tratada, os bebês podem sofrer graves sequelas anos depois, como deficiência visual e auditiva, problemas ósseos e neurológicos. Por isso é importantíssimo que a doença seja diagnosticada e tratada durante a gravidez, para que o bebê receba atendimento o mais rápido possível.

(http://www.babycenter.com/)

Sífilis – o que é e como se manifesta

É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum . Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar, então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problemas cardíacos, podendo inclusive levar à morte.

Sintomas

A sífilis se manifesta inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após um certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto.

Como se transmite

A sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).

Como se prevenir?

Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.

Fonte: site do Ministério da Saúde (http://www.saude.gov.br/)

Fonte para entrevista: Fabiane da Silva Ananias – coordenadora do Programa DST/Aids – Diretoria de Vigilância em Saúde – Secretaria da Saúde – (47) 2106-8320

Clarissa Hammes Borba de Oliveira
Jornalista (SC-01973-JP)
Diretoria de Comunicação
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