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Conselho de Patrimônio Cultural de Barra Velha faz primeiro tombamento de imóvel como patrimônio histórico

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Documentos foram encaminhados para executivo emitir decreto

Referência histórica na vida de muitos barra-velhenses e visitantes, a Casa de Palmito, construída entre as décadas de 30 e 40 do século passado, será o primeiro imóvel tombado do município de Barra Velha.

Há décadas existe a tentativa de tombamento do imóvel. Em reportagem publicada no dia 07 de julho de 1988, o jornal "A Notícia"enfatizou o desejo da preservação da casa e sua importância para o município de Barra Velha. Historiadores, jornalistas, pesquisadores, moradores, autoridades e visitantes se emocionaram com as histórias contadas por Erna Bisewvski e desenvolveram ações visando mostrar a importância da Casa de Palmito.

Na Lei 930/2010, alterada pela Lei 1296/2013, está que "dispõe sobre a Preservação do Patrimônio Natural e Cultural do Município de Barra Velha, cria o Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e Regulamenta o Processo de Tombamento". A partir deste feito, em 2013, o COMPAC recebeu o ofício do poder executivo, solicitando o tombamento, o qual passou pela apreciação do Conselho que aprovou por unanimidade. Sendo assim, foi elaborado o memorial descritivo do imóvel, notificação dos proprietários, publicação do edital de tombamento no diário oficial da união e na imprensa local e regional.

Na última quarta-feira, 15 de janeiro, o COMPAC se reuniu para elaboração da resposta ao poder executivo confirmando o tombamento da Casa de Palmito. Na quarta-feira da próxima semana, ocorrerá às 17 horas, nas dependências do imóvel, a homologação do decreto de tombamento e assinatura do livro tombo.

Juliano Bernardes, presidente do Conselho, menciona a importância desta primeira conquista: "O tombamento da Casa de Palmitos representa a preservação de uma parte da história de Barra Velha. Que consigamos ir adiante, realizando o tombamento de bens materiais e registro de bens imateriais, que representem a trajetória da cidade. Toda a comunidade deve participar desse momento histórico para Barra Velha".  

Sobre a Casa de Palmitos

Dona Erna, a atual moradora da Casa de Palmitos, nasceu na cidade de Pomerode, SC, em agosto de 1920. Casou aos 17 anos, em Joinville, com André Bisewvski. O esposo faleceu em 1948 e não tiveram filhos. Foi então que Dona Erna veio para Barra Velha, para trabalhar no hotel de seus familiares.

 Neste período, conheceu Augusto Teodoro Wald Becker, um industrial paranaense, que costumava veranear nas praias de Santa Catarina. O romance do casal foi vivido na Casa de Palmitos, construída com troncos de palmitos extraídos das matas de Barra Velha. Poucos anos depois, em 1955, Augusto foi vítima de um infarto e acabou falecendo.

 A Casa de Palmitos é a primeira residência do Costão, datada de 1940 a 1944, e possuía na época uma das mais belas vistas panorâmicas da praia central de Barra Velha. O mestre de obras Ananias Crispim foi o responsável pela edificação do imóvel e lixou os caules de palmito, um por um, para conseguir fixar todos na mesma posição.

Além da originalidade na construção a Casa de Palmito é a representação da história de amor envolvendo o casal Augusto Teodoro Wald Becker e Erna Bisewvski. 

Fonte: Fundação de Turismo, Esporte e Cultura – FUMTEC

           Juliano Bernardes – Diretor de Cultura e Presidente do Conselho de Patrimônio Cultural

Assessoria de Comunicação 

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