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Extencionista Maria Depin deixa Epagri de Corupá

Depois de 32 anos e 10 meses de trabalho, a Extensionista da Epagri Maria Depin deixa a empresa para dedicar-se a outras atividades. Maria aderiu ao PDVI (Plano de Demissão Voluntária Incentivada), um plano de gestão do governo Raimundo Colombo, que objetiva renovar o quadro de funcionários para ampliar e agilizar os serviços à população.

Neste plano serão reestruturadas oito estatais: Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC),  a Cidasc ( Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola), o Ciasc  ( Centro de Informática e Automação de Estado de SC), a Codesc (Companhia do Desenvolvimento de SC), a Cohab (Companhia de Habitação), a Bescor (Corretora de Seguros Oficial do Estado), a Santur (Santa Catarina Turismo) e a Ceasa (Centrais de Abastecimento).

Maria optou pela demissão porque já tem idade para aposentadoria e pretende ministrar cursos na área de biomassa e pescados. Por enquanto, continuará morando em Corupá e acompanhando os estudos do filho Muriel (22), na Universidade Federal, em Florianópolis. Na última sexta-feira (28), os amigos do trabalho prepararam uma surpresa para comemorar os anos de trabalho na empresa. Na ocasião, foi presenteada com uma joia.

Maria Depin

Maria nasceu em Rio dos Cedros  no dia 7 de fevereiro de 1957. Cursou o ensino fundamental e o ensino médio no Colégio Estadual Giovani Trentini. Também cursou o magistério. Os pais eram produtores de arroz no município e até os 20 anos Maria ajudou a família na agricultura. No ano seguinte morou em Xanxerê, na casa do irmão e trabalhou como professora substituta por um ano.

Em 1980 prestou concurso público para a Acaresc, no cargo de Extensionista Social. Participou de cursos por três meses e assumiu o cargo em 1 de maio de 1981, no município de São Domingos, onde trabalhou por 15 anos, auxiliando e orientando as famílias na plantação de tomate, batatinha, programa Horta Escolar em 35 escolas, hortas em casa de famílias, saneamento básico (fontes, fossas, água) e outros.

Trabalho em Corupá

Em  1996 veio para Corupá e trabalhou na Epagri local, que ficava em uma sala da Diretoria Municipal de Agricultura, sob direção de Aldo Selll, no prédio da atual Secretaria de Educação e Cultura.

Inicialmente Maria priorizou o trabalho em escolas, com o programa Horta Escolar, treinamento de merendeiras, embelezamento de jardins da Prefeitura, praça. Com o tempo, começou as atividades com a fibra da bananeira, biomassa e banana passa.

O fruto do trabalho com a fibra é a empresa Ramisa, que atualmente trabalha com revestimento de móveis, utilizando a fibra de bananeira. Algumas mulheres trabalham o artesanato com fibra da bananeira, na comunidade do Isabel Alto e darão continuidade.

O trabalho mais recente são as Agroindústrias no Rio Paulo e no Garrafão (Isabel Alto), que produzem banana passa, bala de banana e banana chocolate. Abastecem o comércio local, São Bento do Sul, Curitiba e para exportação por meio da empresa Banana Brasil.Também está em fase de organização a venda de pães e bolachas, que utilizam a biomassa.

Em Corupá, Maria trabalhou por 17 anos, promovendo e ministrando diversos cursos: geleias, panificação, bolachas, conservas, biomassas, fibra da bananeira, processamento de pescados e outros.

"Trabalhar em Corupá foi um desafio muito grande. Tive que aprender a trabalhar com a fibra da bananeira. Fiz cursos em São Paulo e pesquisas sobre a biomassa para orientar a comunidade. A biomassa é recomendada para ser utilizada na alimentação e na fabricação de pães. Nós a colocamos no mercado e possui boa aceitação. Este desafio foi um aprendizado para a vida. Criei expectativas de trabalho para as pessoas e isto é muito gratificante. Agora seguirei minha vida", enfatiza.

Maria agradece a todos os amigos e equipe de trabalho que a acompanharam ao longo dos anos. Pede  desculpas se não atendeu algumas expectativas. Para o engenheiro agrônomo da Epagri George Livramento, Maria é mais que uma colega de trabalho. "É uma amiga sincera e verdadeira. Como amiga, ajudou não só aqueles com quem tinha obrigações profissionais, mas todos que dela necessitaram. Devemos lembrar que a amizade vai muito além do convívio diário entre colegas de trabalho, que por força da necessidade estão juntos. A amizade forma um laço que transcende o tempo. É um sentimento que permite aos amigos, quando se encontram depois de muitos anos, conversarem como se ontem mesmo estivessem juntos. Este é o sentimento que fica  permanente", finaliza George. 

Mais informações: 9136-4785 e Epagri Corupá 3276-9370