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Notícias de Corupá

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Palestra destaca  "A importância da Bananicultura para Corupá"

Durante a programação alusiva ao Dia da Banana, que aconteceu de 19 a 23 de agosto, na Praça Arthur Müller, em Corupá, aproximadamente 190 alunos do 5º ano de escolas da rede municipal e estadual de educação  assistiram a  palestra sobre o tema "A Importância da Bananicultura para Corupá", ministrada pelos engenheiros agrônomos George Livramento, da Epagri e Lucas Trevisan, do Projeto SC Rural.

No dia 21 de agosto, no período matutino, foi a vez dos 29 alunos da Escola Municipal Aluísio Carvalho de Oliveira, acompanhados da professora Irene Aparecida Lima da Silva, que assistiram a palestra e  interagiram por meio de perguntas ao palestrante, transformando o momento em algo enriquecedor e com muita troca de informações. A palestra resgatou a história do município, de sua agricultura e da bananicultura, que começou de forma complementar com as demais atividades. Alguns registros fotográficos de 1900,  já mostram o cultivo da fruta, nas comunidades do Bomplandt e Seminário. A bananicultura como atividade econômica se consolidou a partir de 1930, aparecendo em relatórios administrativos de Joinville, então município sede do qual Corupá era distrito.

Os relatórios da produção econômica de Santa Catarina realizados pelo Interventor Nereu Ramos, registram a banana desde 1939, como a fruta mais produzida no estado. Já nos anos de 1940 e 1950, quando Corupá  era distrito de Jaraguá do Sul, a bananicultura foi a segunda atividade agrícola mais importante do município.   

Para que esta atividade agrícola continue sustentável e rentável, com uma produção  de qualidade, as entidades envolvidas na organização da Semana da Banana (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, Epagri, a Asbanco e a Cidasc) preconizam uma série de orientações técnicas e práticas de manejo:

  • Realização da amostragem de solo, identificando a existência de deficiências dos nutrientes necessários para boa produção;
  • Adubação, de acordo com os resultados da análise, para reposição da fertilidade do solo;
  • Desfolha, controle das plantas invasoras;
  • Amarração dos cachos;
  • Monitoramento das doenças foliares, principalmente a Sigatoka Amarela e a Sigatoka Negra, para determinar o momento certo, a dosagem correta e a sequência exata dos produtos que serão utilizados;
  • Pulverização: A pulverização segue as orientações do monitoramento, da Estação Meteorológica, que indica a época correta e o produto a ser usado. A média anual é de seis pulverizações, enquanto em outros países é o dobro e até o triplo. Esta pulverização evita e previne doenças como Sigatoka Amarela, Negra, permitindo que as plantas possuam folhas verdes viáveis, no momento da emissão do cacho e suficientes para sustentar a produção, permitindo o crescimento da próxima planta;
  • Ensacamento: permite a proteção dos cachos contra pragas e doenças, contra o efeito das baixas temperaturas, aumenta o tamanho dos frutos, etc…;
  • Colheita: como é manual, carregando os cachos no ombro, todo o cuidado deve ser tomado para evitar danos ao fruto, como o uso de espumas ou plástico bolha;
  • Transporte da fruta, até a Casa de Embalagem, sempre com apenas duas camadas de cachos;
  • Uso de penduradores nas casas de embalagem, de forma a evitar traumas nas frutas e melhorar o ambiente de trabalho;
  • Lavagem da fruta em tanque com água limpa, utilizando detergente biodegradável, sulfato de alumínio e cloro, permitindo não só a limpeza, como a diminuição da temperatura da fruta;
  • Formação de buquê, ou seja, o corte das pencas para que tenham entre 5 a 7 frutas e colocação do selo de identificação;
  • Embalamento em caixas de plástico, madeira ou papelão e colocação da marca do produtor ou comerciante, identificando que a fruta é de Corupá;
  • Transporte da Fruta para o distribuidor de forma protegida, em caminhões fechados e climatizados;
  • Colocação em Câmara de Climatização e amadurecimento da fruta.

Uma fruta verde bem produzida, limpa, de qualidade, se mantida refrigerada a 14C° desde o início, pode durar até 15 dias antes de ser climatizada e levada ao consumidor final.

Em Corupá, a bananicultura ocupa uma área de 5.500 hectares, com a produção anual de 140 mil toneladas. A atividade é responsável pela geração de  4 mil empregos diretos e indiretos, reunindo aproximadamente 780 famílias, no cultivo da fruta. Corupá é conhecida como a Capital Catarinense da Banana, título oficial recebido da Assembléia Legislativa, sob aprovação do Projeto de Lei nº 12.472, no dia 3 de dezembro de 2002.

Mais informações:  3276-9370 (Epagri)