O cientista social, Casemiro José Mota, atualmente Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Catarinense, de Araquari,ministrou a aula “A ética na administração pública”, na quarta-feira (29), para os alunos da Escola de Governo e Cidadania da AMVALI.
Ele iniciou a exposição explicando a diferença entre ética e moral. Disse que a ética é conjunto de regras de conduta, que orientam a atividade humana de maneira a garantir igualdade num processo coletivo ou individual. “A ética implica em verdades absolutas, enquanto a moral é comportamental. Toda moral nasce de uma ciência ética. A ética orienta todos os princípios morais” esclareceu.
Em seguida tratou das Formas de Gestão Pública, destacando a gestão responsável: quando o gestor tem consciência de fatores que protegem e desenvolvem a coletividade; Corrupção: quando o gestor tem objetivos escusos ao desenvolvimento da comunidade e do bem comum; Gestão particularizada: quando o bem público serve a interesses de indivíduos ou grupos supostamente favorecendo a comunidade.
Outros temas da palestra foram o conceito de interesse público, conceito de interesse privado, corrupção pública (Política ou Burocrática), tipo de corrupção pública e causa da corrupção.
Citou o cientista politico Eduardo Giannetti, que fala do assim chamado “paradoxo do brasileiro”. Cada um de nós isoladamente tem o sentimento e a crença sincera de estar muito acima de “tudo isso que aí está”. Ninguém aceita, ninguém aguenta mais, nenhum de nós pactua com o mar de lama, o deboche a vergonha da nossa vida pública e comunitária; No entanto, o ambiente social e econômico que tanto é criticado, é exatamente o somatório das micro ações, comportamentos e atitudes individuais diários tomados agregadamente. “O brasileiro que comete falhas é sempre o outro”
Será que a corrupção é um fenômeno presente apenas nos grandes escândalos que aparecem na mídia envolvendo políticos e empresários, ou seja apenas restritas ao poder e às elites? Considere as seguintes ações e condutas comportamentais ilegais e/ou anti- éticas presentes no dia a dia: comprar produtos piratas; colar em provas; furar filas; estacionar em local não indicado; sonegar impostos; pagar para funcionário público acelerar um processo ou cancelar uma penalidade; falsificar dados de licitação; avisar/solicitar que “sem recibo é mais barato”; aceitar e obter cargo público proveniente de concurso público forjado; participar de licitações viciadas; etc.