Os 72 anos do Dia da Vitória foram lembrados na manhã de sábado (6), na tradicional homenagem que acontece na Praça do Expedicionário, na Avenida Getúlio Vargas, no Centro de Jaraguá do Sul. A solenidade é organizada pela Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer e Museu da Paz, em apoio à Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (Anvfeb).
O evento teve presença dos dois ex-combatentes que residem na região – Walter Carlos Hertel e João Carlos Hauck – além de familiares deles e dos demais ex-combatentes já falecidos. Também vieram ex-combatentes e familiares de outras regiões, como é o caso de Eugênio Moratelli, que, aos 94 anos, fez questão de vir da cidade de Salete (Alto Vale do Itajaí), especialmente para acompanhar a solenidade e fazer a doação de um quadro do acervo pessoal para o Museu da Paz. A Banda Militar do 62º Batalhão de Infantaria, de Joinville, e o Coral Municipal de Jaraguá do Sul também marcaram presença, assim como o comandante do 62º BI, o prefeito Antídio Lunelli, e outras autoridades locais e regionais.
Nesta solenidade, também foram homenageados e viúva e familiares do expedicionário João Apolinário Francener, que morreu no dia 17 de abril. Ao se pronunciar, o prefeito Antídio Lunelli lembrou ter visitado,em 2012, o Cemitério de Pistoia na Itália, e o Túmulo do Soldado Desconhecido, fazendo referência à importância da participação dos pracinhas brasileiros em solo italiano. “Sabemos que construir um mundo de paz e liberdade é difícil. É tão difícil quanto se dizia na época, quando não se acreditava que seríamos capazes de enviar uma Força Expedicionária para combater na Itália, que era mais fácil fazer uma cobra fumar do que o Brasil entrar na Guerra. Há 72 anos mostramos nossa capacidade de realizar o que parecia impossível. Com nossos expedicionários, a cobra fumou”, enfatizou o prefeito.
A data de 8 de maio de 1945 ficou marcada na história como o dia em que as Nações Aliadas venceram Hitler e Mussolini em suas tentativas de impor o regime nazifascista ao restante do mundo. O Brasil, inicialmente neutro no conflito, que ocorreu de 1939 a 1945, teve que se posicionar devido a fatores externos que forçaram sua entrada na 2ª Guerra Mundial. Para tanto, criou-se a Força Expedicionária Brasileira – FEB, com 25.334 militares que, entre setembro de 1944 e maio de 1945, lutaram na Itália, ao lado dos aliados (França, Inglaterra, EUA e União Soviética).
Ao se prepararem para a guerra, no ano de 1943, as Unidades Militares existentes próximas de Jaraguá do Sul (Joinville, Itajaí, Blumenau e Curitiba) selecionaram e concentraram os soldados para, em seguida, enviá-los à Vila Militar do Rio de Janeiro. De Jaraguá do Sul e cidades próximas foram aproximadamente 100 os militares que se juntaram ao contingente da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (DIE), onde receberam um rápido treinamento. Dali, partiram em cinco escalões de embarque com destino à Itália, acomodados em navios norte-americanos, entre 2 de julho de 1944 e 8 de fevereiro de 1945.
Os soldados brasileiros trouxeram marcas físicas e psicológicas da guerra. De acordo com a responsável pelas ações educativas do Museu da Paz, Dionara Radunz Bard, “ o Dia da Vitória merece ser relembrado e seu valor resgatado, pois é uma ocasião que convida a refletir a respeito dos fatos sombrios que resultaram no uso extremo da violência para a superação de divergências políticas, econômicas e ideológicas e que provocaram morte de quase 60 milhões de pessoas”.
Fonte: Assessoria de Comunicação e Jornalismo PMJS