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Engenheira florestal Karine Holler e geógrafo Felipe Oliveira apontam que as nascentes refletem na qualidade de água

Projeto Mananciais busca adesão de agricultores do Vale do Itapocu

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Recuperar florestas das áreas de preservação permanente, nas nascentes e faixas dos rios das pequenas propriedades rurais, sem custo para o produtor. É o que propõe o projeto Mananciais, da Amvali (Associação dos Municípios do Vale do Itapocu), que até o final do ano aguarda a adesão de agricultores da microrregião, com implantação de 2018 a 2021. Os interessados devem procurar a Amvali ou as secretarias municipais de Agricultura.

– Projeto de recuperação no meio rural está com inscrições abertas

A medida atende determinação do Código Florestal Brasileiro, que está na etapa do Cadastro Ambiental Rural (CAR). É a oportunidade dos agricultores da região se adequarem à legislação ambiental sem gastar para isso. O passo seguinte será o Programa de Regularização Ambiental, quando todas as propriedades identificadas com necessidade de recuperação terão de contratar equipe técnica para as adequações necessárias.

Segundo o auxiliar técnico da Amvali, geógrafo Felipe Oliveira, hoje a região soma duas mil propriedades que necessitam recuperar as nascentes. A associação dispõe de R$ 3 milhões para elaboração e execução de projetos de recuperação, através do Fundo Nacional do Meio Ambiente, do Ministério do Meio Ambiente, que possibilita contemplar até 500 produtores do Vale. “Vamos investir nas mudas, no plantio, adubação, manutenção e apoio técnico com custo zero”, enfatiza o geógrafo. Com a recuperação das nascentes e a consequente retenção dos recursos hídricos, passa a ser possível recuperar a água do manancial.

ÁREAS QUE PODEM SER RECUPERADAS 

As áreas que necessitam de recuperação estão localizadas acima da captação de água, em Barra Velha, na Bacia do rio Sertãozinho, no rio 7 de Janeiro, em Massaranduba, em Corupá e Schroeder, em toda a área de nascentes. Em Jaraguá do Sul, que soma 115 nascentes, segundo dados do CAR, 592 propriedades apresentam déficit de floresta ciliar. De acordo com estudos técnicos da Amvali, o município precisa recuperar a bacia do rio Itapocuzinho, no Santa Luzia, região do Garibaldi, Ribeirão Cacilda e área do rio Jaraguazinho.

De acordo com Oliveira, uma das preocupações é com a disponibilidade hídrica dos rios. A intenção é garantir água para abastecer as cidades. “Quando se tem um período de estiagem e vem a chuva, existe uma falsa impressão que se tem bastante água, mas os rios estão secando. Existem estudos apontando que o volume hídrico está reduzindo”, alerta o geógrafo.

Fonte: OCP Online