O Colegiado de Agricultura, Pesca e Aquicultura da AMVALI realizou reunião coordenada por Ingo Paulo Robl – Secretário de Agricultura de Jaraguá do Sul. O primeiro assunto da pauta foi a apresentação do Programa de Combate ao Maruim realizada pelo Diretor Executivo do IGCB, Carlos Roberto Fernandes.
O projeto é realizado pela AMVALI em parceria com o IGCB (Instituto Grade de Ciências Básicas) e Fundação 25 de Julho. O maruim ou mosquito-pólvora é um inseto díptero membro da família Ceratopogonidae. São mosquitos de pequenas dimensões e suas larvas vivem na água doce ou salgada, conforme a espécie. É um animal hematófago que penetra pelo meio dos cabelos e por dentro das roupas causando urticária com suas doloridas picadas.
O mosquito-pólvora é encontrado no interior, em matas úmidas e brejos. Possui este nome devido ao tamanho pequeno e cor que lembra um grão de pólvora. As espécies do litoral são conhecidas por maruim ou mosquitinhos do mangue.
O maruim como os outros mosquitos se reproduz em lugares alagados, como banhados, onde existe matéria orgânica em decomposição. É o maruim o responsável pela transmissão da virose oropoche, que deixa o paciente de cama por até 12 dias, com dores no corpo, febre, e fotofobia. Mosquitos desta família são também responsáveis pela doença denominada "Língua Azul" (LA), que acometem ovinos e bovinos.
Após o Colegiado discutiu o Projeto de Lei nº. 101379 – SICONV e o Associativismo na microrregião, tendo em vista a Lei nº. 11.947/2009 que dispõe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica.
De acordo com Ingo Paulo Robl algumas diretrizes desta lei são: o emprego da alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados, seguros, que respeitem a cultura, as tradições e os hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento dos alunos e para a melhoria do rendimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica; a inclusão da educação alimentar e nutricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassa pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional", explicou.
Além disso, a lei apóia o desenvolvimento sustentável, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âmbito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares rurais, priorizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos.
Para finalizar a reunião, foi discutido sobre a invasão do caramujo-africano, que está invadindo ecossistemas e ocupando um lugar que não é seu, reduzindo assim a diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e frutos, causando um enorme estrago em plantas de importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha em ambientes com escassez deste elemento.
O caramujo-africano pode transmitir doenças graves para o ser humano por isso é muito importante o seu controle no aspecto ecológico do que no agrícola ou sanitário. O Colegiado discutiu e definiu que o mesmo é uma questão de cunho "ambiental" e "sanitário", devendo ser alvo de ação por parte das vigilâncias sanitárias dos municípios.