Fundada em 8 de fevereiro de 1980, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) mantém os compromissos assumidos desde a sua criação: força, energia e união reunidas com um único objetivo, o de oferecer uma nova realidade para o cidadão e os Municípios brasileiros.
O presidente da CNM, Paulo Ziulkoski lembra que não tem faltado garra e coragem ao movimento na luta constante para vencer obstáculos, incompreensões e negativas recebidas ao longo do caminho percorrido. "O tempo e as ações transparentes da CNM permitiram à entidade alcançar a referência de credibilidade hoje desfrutada", afirma.
Desde maio de 1997, quando assumiu a presidência da CNM, Ziulkoski trabalhou com a preocupação de transformar a confederação em instituição que simplificasse e canalizasse a força municipalista. "Uma entidade para reivindicar em nome de todos e preocupada em construir um novo tempo", afirma. "Nestes anos todos contamos com o apoio de dezenas de lideranças que deram forte contribuição para a entidade alcançar muitas conquistas", reconhece.
Momentos
O dia 19 de maio de 1998 se tornou um marco na história do municipalismo brasileiro. Pela primeira vez, conclamados por Ziulkoski, prefeitos de todo o Brasil participaram de uma Marcha a Brasília. O movimento se organizou para apresentar uma pauta de reivindicações ao governo e ao Congresso.
No Palácio do Planalto os prefeitos foram recebidos pela tropa de choque da Polícia Militar e alguns cachorros ao tentarem uma audiência com o presidente da República. Este fato fez surgir o maior evento anual municipalista da América Latina: a Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, que neste ano terá a sua XIV edição no próximo mês de maio.
Luta atual
Atualmente, a CNM e as entidades estaduais e microrregionais, trabalham com uma pauta de reivindicações que inclui, entre outros itens: a distribuição dos royalties do pré-sal para todos os Municípios brasileiros (proposta vetada pelo presidente Lula); aprovação do projeto de regulamentação da Emenda 29 da Saúde (parado há 3 anos na Câmara) e um novo Pacto Federativo.
A luta da CNM e dos gestores busca também alcançar mudanças no modelo que centraliza recursos e conseguir a ampliação dos valores que são distribuídos aos Municípios que continuam enfrentando dificuldades para equilibrar suas contas. "Áreas como as de Educação e Saúde geram enormes gastos aos Municípios em razão do aumento de compromissos sem o repasse correspondente", explica.
Ziulkoski reitera que programas são criados e repassados aos Municípios, fazendo crescer compromissos com a educação e a saúde, por exemplo, sem o devido repasse de recursos federais. "O cidadão precisa se conscientizar desta realidade e ingressar na luta que enfrentamos por mudanças", defende.
O presidente da CNM destaca que a entidade é apartidária, mantém a sua linha de atuação independente de agremiação política e que apesar das muitas dificuldades, "o movimento não perderá sua voz destemida e ousada por dias melhores que transformem a realidade dos Municípios", conclui.