2º STAMMTISCH DE SCHROEDER

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No dia 15 de setembro acontecerá em Schroeder a 2ª Stammtisch, na rua Paulo Jahn a partir das 10 horas. Venha prestigiar.

O stammtisch é um hábito secular, mas que ainda provoca reações diversas, pois muitas pessoas não sabem o verdadeiro significado da palavra, ou o que representa. Na verdade, stammtisch é uma palavra alemã, composta por uma aglutinação. Os grupos existentes na região aproveitam não só os encontros oficiais para se reunirem. Muitos deles chegam a se encontrar uma vez por semana, se bem que a maioria prefere o encontro mensal.

São nestes encontros que os amigos aproveitam para beber, jogar por diversão, jogar conversa fora e, principalmente, descontrair. Essa é, na verdade, a filosofia dos stammtisch, que perpetua uma tradição de mais de 100 anos, trazida pelos colonizadores alemães.

No final do século passado, os homens se reuniam nos salões das vendas, único ponto de encontro público. Enquanto degustavam uma cerveja, contavam as novidades do dia, do trabalho, discutiam a política e a economia e contavam piadas. Os encontros eram periódicos e assim os freqüentadores tinham lugares cativos nas mesas.

O termo stammtisch é formado da junção das palavras stamm, que significa tronco e tisch, que significa mesa. Ou seja, numa tradução fiel "mesa de tronco".

O dicionário Michaelis (alemão/ português), acrescenta dois outros aspectos que procuram explicar o significado do termo: "Stammtisch, mesa cativa de grupo de frequentadores". Desta forma, define um local pré-determinado (mesa cativa) e incorpora, a este local, a presença de um grupo de frequentadores habituais.

Uma versão romântica do que significa stammtisch, passada geração após geração pela tradição oral, conta que o termo começou a ser usado na Idade Média. Os lenhadores bávaros, ao cortar a primeira árvore de uma nova área de extração de madeiras, faziam-no à altura de uma mesa e, de seus galhos mais grossos, cortavam toletes que lhes serviriam de bancos. Era ao redor desta mesa improvisada que faziam suas refeições e, ao final do trabalho diário, ali se reuniam para bater papo, planejar o dia seguinte e bebericar do vinho que traziam em seus alforjes. O seu tronco comum (stamm), era a sua própria profissão ou atividade (lenhadores) e o espírito reinante ao final de cada jornada de trabalho, ao redor daquela improvisada mesa (tisch), forjada no tronco da árvore, não era outro que relaxar, jogar conversas ao léu, cultivar a amizade, celebrar a vida.

Segundo esta versão, o hábito daqueles lenhadores ganhou as tabernas, nas cidades, e nestes ambientes, teria se perpetuado o nome stammtisch para todos aqueles que, habitualmente, as freqüentavam e costumavam, na companhia de amigos, sentar-se numa mesma mesa previamente reservada ou que lhes era cativa. Mais tarde, o nome acabou identificando aqueles que, além da amizade, detinham outros aspectos comuns, o mesmo local de trabalho, uma determinada atividade cultural, social ou política (mesmo tronco, mesmas raízes), que justificasse o fato de se encontrarem, ao redor de uma mesma mesa, uma mesa cativa.


Foi ali, no ambiente das tabernas que os grupos se deixaram envolver por outra bebida além do vinho, a cerveja, na maioria dos casos, como ainda hoje, era produzida nestes próprios estabelecimentos ou na cidade aonde se localizavam.


Certa, errada ou meramente especulativa esta versão é a que, sem sombra de dúvida, mais se encaixa com o jeito de ser dos stammtisch espalhados pela Alemanha, Áustria, Suíça, Dinamarca e em outros países sob influência tedesca, bem como aqui no Brasil, nas cidades colonizadas por descendentes destes países.