Assegurar condições para desenvolvimento econômico e social, com melhoria da qualidade de vida e em equilíbrio com o meio ambiente, constitui-se na principal diretriz do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Itapocu. Formado oficialmente em 2001, o Comitê Itapocu tem como meta a elaboração do Plano de Gestão dos Recursos Hídricos a partir do diagnóstico ambiental e mapeamento dos usuários dos 13 municípios que a integram.
Para tanto, são necessários investimentos de R$ 300 mil. Foi o que revelou na plenária da Acijs e Apevi o presidente do Comitê Itapocu, Leocádio Neves e Silva. Segundo ele, a área da bacia totaliza 2.930 quilômetros quadrados e o seu principal rio – o Itapocu – tem 116 km de extensão, da nascente à desembocadura, e o comprimento dos cursos d'água soma 4.684 km. "Somos uma região de alta densidade de drenagem em relação à média nacional", disse.
Leocádio registrou que os principais usos da água são para irrigação das lavouras do arroz, piscicultura de água doce, uso industrial e abastecimento público. Os principais problemas encontrados é a deficiência no manejo de águas pluviais, defensivos agrícolas, mineração de areia e cascalho, efluentes domésticos sem tratamento, desmatamento das matas ciliares e ocupação de encostas e margens sem controle ou estabilização adequada.
"O Comitê é o principal foro para o conhecimento, o debate de problemas, o planejamento e a tomada de decisão sobre os usos múltiplos dos recursos hídricos", explicou Leocádio Silva, para quem o Plano de Bacia é essencial para o planejamento em longo prazo, assumindo a estrutura do plano diretor, versando sobre a gestão dentro da relação disponibilidade e demanda.
O Comitê Itapocu tem como principal meta a elaboração do Plano de Bacia. Há a necessidade de realizar o diagnóstico ambiental e o mapeamento dos usuários, aplicando sobre eles a legislação reguladora. O custo para execução dos trabalhos é de R$ 300 mil e o prazo de execução/desembolso é de 18 meses. A Acijs e a Amvali são parceiras institucionais.
"Precisamos tirar o Plano de Bacia do papel", comentou o presidente do Comitê Itapocu. Esta questão, se depender do secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Jean Kuhlmann, presente à plenária da Acijs/Apevi, deve ser resolvida. Ele reiterou o compromisso do governo de prover recursos por meio de fundos específicos e com parcerias. "É o compromisso nosso com o Comitê e com as gerações futuras, não apenas aqui, mas em todo o Estado, que está dividido em 16 bacias hidrográficas", comentou.
Fonte: Associação Empresarial de Jaraguá do Sul