Associação de Municípios da Microrregião lança nota apoiando Prefeitura de Barra Velha na revisão do contrato com Ministério da Integração Nacional para retomada dos trabalhos na foz, cancelados em virtude de dívidas deixadas pela gestão anterior A Associação de Municípios da Microrregião do Vale do Itapocu (Amvali) entrou na luta pela retomada da obra de desassoreamento e fixação da Barra do Rio Itapocu, entre Barra Velha e Araquari, e defende a vinda do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima (PMDB), para vistoriar a obra.
Através de nota pública emitida a autoridades e imprensa, a entidade, presidida pelo prefeito Valdir Correa (PP), de São João do Itaperiú, aponta considerações em torno da necessidade e importância da abertura da barra, obra paralisada desde as enchentes de novembro do ano passado, devido a problemas financeiros. A Prefeitura de Barra Velha, executora da obra em parceria com o Governo Federal, estourou o orçamento inicial em 2008 e a nova administração que assumiu o Poder Executivo não teve condições de continuar os serviços.
No texto da Amvali, a entidade destaca que as obras beneficiarão toda a região do Vale do Itapocu, devido ao fato de possibilitar uma maior velocidade de escoamento das águas, favorecendo a macrodrenagem dos municípios pertencentes à bacia hidrográfica, gravemente afetados pelas catástrofes decorrentes das inundações de novembro de 2008.
O próprio secretário executivo da Amvali, Alessandro Hansen Vargas, destacou estes aspectos durante a visita da senadora Ideli Salvatti em Barra Velha, no último dia 7 de maio, quando a senadora assumiu o compromisso de levantar a documentação atual da obra e lutar pela revisão do contrato entre o Ministério da Integração Nacional e o município.
Para a Amvali, a fixação da barra terá ainda reflexos socioeconômicos sobre as atividades relativas à pesca artesanal, já que a melhoria da qualidade da água favorecerá a reposição dos estoques pesqueiros do litoral norte catarinense, oportunizando a manutenção das tradições culturais das colônias de pescadores artesanais não só de Barra Velha, mas dos outros municípios do litoral norte catarinense.
Outros benefícios socioeconômicos, segundo Vargas, poderão ser auferidos a com a estruturação do turismo náutico, uma vez que a península de Barra Velha se mostra extremamente viável para receber a implantação de equipamentos públicos e privados voltados ao lazer e ao apoio à navegação de esporte e recreio. E poderá ainda possibilitar a instalação de indústrias navais e pesqueiras entre a ponte da BR-101 e a foz, tanto no município de Barra Velha, como em Araquari, além de propiciar a segurança da navegação no litoral norte.
No entendimento da entidade, a foz é importante ponto de refúgio às embarcações de pequeno e médio porte, principalmente em caso de mau tempo e mar grosso. Hoje, a Amvali lembra que não existe apoio para este tipo de embarcações entre os portos de São Francisco do Sul e Itajaí. Ainda no que tange à navegação, abre-se uma nova possibilidade de transporte modal, notadamente o fluvial, a partir de uma ligação hidroviária ligando os principais pólos industriais do Vale do Itapocu com o litoral norte catarinense e os portos de Itajaí e São Francisco do Sul.
Valdir Correa e Alessandro Vargas também estão emitindo documento oficial direcionado aos deputados estaduais, informando sobre estes pontos importantes. A intenção da entidade é mostrar que o saneamento básico da região passa pela retificação da barra e beneficia os recursos hídricos regionais. A Amvali defende a vinda do ministro da Integração Nacional, e planeja levar o debate às associações comerciais de Jaraguá do Sul e Joinville (Acijs e Acij, respectivamente). Para o prefeito Samir Mattar (PMDB), a mobilização da microrregião, que abrange Jaraguá do Sul, Schroeder, Corupá, Massaranduba, Guaramirim e São João, além de Barra Velha, é muito importante.
Vantagens do desassoreamento da Boca da Barra, segundo a Amvali
Ø Melhor escoamento das águas do rio Itapocu de todo o vale em direção ao oceano;
Ø Favorecimento da macrodrenagem das cidades do Vale do Itapocu;
Ø Reposição dos estoques das comunidades pesqueiras do litoral regional;
Ø Melhoria da qualidade da água e estruturação do turismo náutico;
Ø Atração de indústrias navais e pesqueiras em Barra Velha, Araquari e Barra do Sul;
Ø Melhoria na segurança da navegação, pois foz se tornaria porto seguro para embarcações;
Ø Possibilidade de ligação hidroviária entre pólos industriais regionais
Fontes:
Juvan Neto – Jornalista – Assessoria de Comunicação Social
Fone 9921-4527