A obra de fixação da Foz do Rio Itapocu – Boca da Barra, em Barra Velha, que iniciou em 2008 está em continuidade dentro do novo cronograma. O objetivo é recriar o canal original da desembocadura do rio, que está 2 km acima do ponto onde se encontra o rio e as lagoas de Barra Velha e da Cruz, em Araquarí.
A obra está projetada em três etapas: construção do molhe nordeste com 244 metros; dragagem do canal e implantação do molhe sul com 314 metros; e o canal que terá 485 metros de extensão, com quatro metros de profundidade e 190 metros de largura.
Segundo o Prefeito de Barra Velha, Samir Mattar, "a primeira etapa que está sendo concluída é no mole nordeste e está em fase de acabamento, a previsão é que após o dia 20 de fevereiro já inicie a segunda etapa. Esta obra é uma das mais grandiosas de Barra Velha e beneficiará toda frota pesqueira do litoral, gerando empreendimentos e tornando o Rio Itapocu navegável. Se tudo continuar ocorrendo dentro do cronograma, realizaremos a inauguração na segunda quinzena do mês de maio", salientou.
A Prefeitura de Barra Velha informa que o investimento chegará a R$ 2 milhões e 323 mil. No que diz respeito as melhorias, uma delas será do saneamento básico que beneficiará toda a região do Vale do Itapocu, devido ao fato de possibilitar uma velocidade de escoamento das águas favorecendo a macro-drenagem dos municípios pertencentes à bacia hidrográfica.
No que diz respeito ao meio ambiente, a obra possibilitará uma melhoria significativa na circulação das águas estuarinas e a diluição de elementos poluentes favorecendo a produtividade biológica do ambiente aquático, contribuindo para o incremento da fauna marinha.
Outro setor favorecido será o socioeconômico com a reposição dos estoques pesqueiros do litoral norte catarinense, oportunizando a manutenção das tradições culturais das colônias de pescadores artesanais não só de Barra Velha, mas dos outros municípios.
Outros setores beneficiados serão: o turismo náutico; a economia regional ao possibilitar a instalação de indústrias navais e pesqueiras; a península de Barra Velha e Araquarí que se transformará num ambiente que servirá como refúgio às embarcações que porventura se encontrem em risco devido a eventuais más condições climáticas nas proximidades da região; abrindo-se também uma nova possibilidade de transporte modal, a partir de uma futura ligação hidroviária, capaz de ligar os principais pólos industriais do Vale do Itapocu com o litoral norte catarinense e os portos de Itajaí e São Francisco do Sul.