A AMVALI através do Colegiado de Agricultura, Pesca e Aquicultura vem buscando soluções para o combate do maruim e outros insetos em toda a microrregião. Esta semana foi instalada na sede da entidade uma estação biológica experimental de controle de insetos e roedores. É um projeto piloto onde a aplicação das estações biológicas tem por objetivo controlar a proliferação de insetos com o uso dos predadores naturais e armadilhas fabricadas de maneira sustentável.
As estações biológicas funcionam através de estufas que servem de local para depósito de lixo orgânico. Com o calor, a matéria orgânica fermenta e exala aromas atrativos aos insetos machos. Esse raio de aquecimento se estende 40 centímetros adentro do solo. Isso favorece o berçário de anfíbios debaixo da estufa. Estes anfíbios são predadores naturais noturnos dos insetos. Também é utilizado tanque d'água, cuja função é abrigar peixes da família Poecilidae. Esses peixes se alimentam das larvas dos insetos que são depositados no tanque após a desova. O tanque abriga ainda girinos que após adultos se concentrarão no berçário citado anteriormente. Outro componente é a imantação e oxigenação da água com plantas "água-pés".
A combinação de alimento e água constitui o local perfeito para a reprodução fazendo com que os insetos fiquem apenas por essa redondeza, livrando os demais ambientes. Quando a reprodução acontece, os peixes são encarregados de eliminar as larvas dos insetos. Já os anfíbios serão os predadores dos insetos adultos, sejam eles machos ou fêmeas. Junto ao tanque e a estufa é aplicada uma armadilha focada para a captura dos insetos machos. Ao serem atraídos pelo aroma dos resíduos orgânicos ali depositados, os insetos se alimentam e tendem a subir para os demais níveis da armadilha. Uma vez não conseguindo retornar pelo mesmo caminho, os insetos morrerão. Quanto menos machos no ambiente, menos reprodução acontecerá.
A estação biológica foi instalada na AMVALI pela empresa AG Controle Biológico Ltda. É importante lembrar que a espécie predominante de maruim encontrada na microrregião é o Culicoides paraensis e a AMVALI esta testando esta estação visando uma possível solução para o problema do maruim que causa desconforto as pessoas. A AMVALI manteve e mantém convênio de pesquisa sobre a infestação por maruim com várias entidades de pesquisa em diferentes períodos. Atualmente, mantêm parceria com a Fundação 25 de Julho e universidades.
A realização do projeto piloto da estação biológica é fundamentado em quatro bases: meio ambiente, saúde, educação e sustentabilidade. O projeto também auxilia evitando a transmissão de doenças devido ao equilíbrio entre espécies e o meio ambiente onde o homem está inserido e conscientiza a população quanto a necessidade de soluções naturais para o controle de pragas.
As pessoas interessadas poderão visitar in loco a estação experimental, que está instalada no pátio da sede da AMVALI, sito a Rua Arthur Gumz, 88 – Vila Nova – Jaraguá do Sul/SC.