O Diretor de Controladoria da WEG S.A, Wilson Watzko, palestrou sobre "Capacitação para Liderança" na terça-feira (11), na Escola de Governo e Cidadania da AMVALI. A discussão iniciou abordando as teorias da motivação externa e interna e que o ser humano evita ser manipulado, dominado, pressionado, determinado por outros e mal-compreendido. Segundo Watzko, "o que estão buscando hoje é um ser desbravador, com autodeterminação, com controle sobre o próprio destino, que determine os próprios movimentos, que seja capaz de planejar, realizar e obter êxito. Que goste da responsabilidade ou de assumir qualquer nível de responsabilidade com boa vontade, que seja ativo e não passivo, que seja uma pessoa e não uma coisa".
Explicou que a inteligência humana envolve os fatores físico, mental, emocional e espiritual. É importante que um líder e qualquer outra pessoa tenham valores como justiça, igualdade, respeito, honestidade e bondade. O ser humano é uma promessa e existem três tipos de seres humanos: aqueles que nascem e morrem piores do que nasceram; aqueles que nascem e morrem como nasceram; e aqueles que nascem e aceitam o desafio da evolução.
Watzko sugere que o indivíduo deve adotar como meta do dia ou da semana uma boa observação das próprias estratégias de lamentação. As lamentações provocam um clima negativo e incomodam também quem é obrigado a ouvi-las. É melhor você se aproximar dos "empreendedores" e otimistas. O clima positivo é contagioso, transmite energia e confiança.
A liderança no setor público está ligada a paz, a democracia e ao desenvolvimento e no setor privado ao crescimento econômico sustentável e ao desenvolvimento sustentável. Cabe a liderança pública a capacidade de conceber uma visão inspiradora; a determinação de construir times de alto desempenho; a destreza de lidar com crises, conflitos e de negociar acordos; a habilidade de mobilizar a opinião pública e a máquina do governo; e a competência de institucionalizar políticas públicas.
Quanto ao perfil de liderança as mulheres diferem-se dos homens. As mulheres confiam na intuição, na hora de conseguir o que querem, são mais persuasivas sem ser diretas, lidam melhor com diferenças, aceitam que um trabalho executado por outros possa estar perfeito. Conseguem trabalhar com vários assuntos ao mesmo tempo. Isso pode, por outro lado, causar dispersão na hora de executar as tarefas. Expressam emoções com mais facilidade, isso pode ajudá-las a fazer com que o grupo se sinta mais próximo – mas pode também atrapalhar, já que em alguns casos é visto como sinal de fraqueza.
Já os homens são mais lógicos, quando querem algo, dão uma ordem. Não estão acostumados a usar de persuasão, gostam de trabalhos executados com perfeição. A maioria acha que ninguém faria um bom trabalho exatamente como ele. São muito focados, concentram-se em uma tarefa por vez. Tem melhores resultados em atividades especializadas que exigem alta concentração e são mais contidos na hora de expressar suas emoções. Por isso, conseguem analisar certas situações mais racionalmente, porém são menos ligados ao grupo.
Um bom líder deve gerenciar o presente com base no futuro. Um líder no século XXI deve perceber os problemas atuais e do futuro; ter habilidade para comunicar e forte senso de compromisso; crescimento pessoal permanente de cada indivíduo; ter profunda crença na dignidade, amor e potencial criativo de cada pessoa. Um líder deve estimular reações de confiança, ser um bom exemplo, responsável, capitão de equipes, instigador, defensor, confidente, criativo, empreendedor, farol de esperança, motivador, inspirador, ter visão, entusiasmo, coragem, autoconhecimento, integridade e aprender com a vida.
Watzko também falou sobre as teorias da liderança e a pirâmide ou hierarquia das necessidades de Maslow, onde a partir de cada necessidade que o homem satisfaz, surgem outras ligadas as necessidades fisiológicas, de segurança, social, estima e auto-realização. Para Maslow, a tarefa de cada homem é a de melhorar a si próprio.
O palestrante finalizou dizendo que "um bom líder nos dias atuais deve ter capacidade de perceber quem tem necessidade de um controle maior. Vivemos em um mundo onde buscamos a auto-realização, o ser procura a felicidade que é para ele o que interessa. Um líder tem que acreditar nas pessoas, que elas são confiáveis e que tem responsabilidades. Nem sempre quem é chefe, é líder".