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Cenários da Economia são discutidos na Escola de Governo e Cidadania

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O Mestre em Administração de Negócios pela Furb e ex-diretor administrativo/financeiro e de relações com investidores do grupo WEG, Alidor Lueders palestrou sobre "Perspectivas e Cenários da Economia Global", na noite de ontem (29), na Escola de Governo e Cidadania da AMVALI.

Alidor iniciou abordando alguns dos fatores de expansão da economia como: taxas de crescimento demográfico (embora declinantes), a estrutura etária englobando a inversão da pirâmide (idosos acima de 60 anos superam jovens abaixo de 15 anos) e o aumento da idade média; e a busca por regiões mais desenvolvidas (ressaltando a redução da restrição as migrações, a Europa mais árabe, africana e oriental, a América mais hispânica e a redução da relação ativos/inativos).

O palestrante falou sobre os fatores de ativação do crescimento econômico e as mudanças sociais como a participação de homens e mulheres no mercado de trabalho, as estruturas alternativas de núcleos familiares, novas fontes e padrões de educação e o reforço na busca de valores universais. Sobre o risco explanou as expectativas exacerbadas como a crescente influência da comunicação de massa e de redes, a homogeneização da informação, a democratização do acesso ao conhecimento, a quebra barreiras sociais e o ativismo em relação a disparidade de padrões de vida.

Outros tópicos abordados foram: as classes socioeconômicas emergentes (estratégias nacionais e de negócios); a gestão, a tecnologia e o comportamento; os potenciais do país para inserção global competitiva (recursos e cadeias produtivas com inequívocas vantagens competitivas); oportunidades e ameaças; e fez um panorama do Brasil falando sobre as ondas de manifestações; como controlar a inflação versus frear a apreciação do real para salvar a indústria; sobre a universalidade dos princípios de governança a nível global, por nação, por organização e empresa.

Alidor disse que o cenário mundial apresenta uma perspectiva de baixo crescimento, um nível de incerteza e riscos para a estabilidade financeira elevados. O desafio é retomar o processo de crescimento face as dificuldades que envolvem as áreas fiscal e bancária e a as elevadas taxas de desemprego que mantém a inflação sob controle.

Quanto aos Estados Unidos está passando por um momento de recuperação lenta e de juros baixos (política monetária). Já a China ocorre uma desaceleração (redução do PIB), mas a inflação está sob controle ( 2%) e os juros (6%). Com relação a zona do Euro apresenta dificuldades na integração (fiscal e bancária) que dificultam a resolução da crise, mantendo a economia fraca e juros baixos (política monetária).

Alidor também falou sobre o Brasil com relação ao baixo crescimento, a inflação elevada, os juros elevados (política monetária), o balanço de pagamentos, o câmbio, o PIB, a taxa desemprego atual (está baixa na ordem de 5 a 6% – IBGE) e os salários que cresceram acima da produtividade.

No Brasil há um aperto monetário para a inflação convergir para a meta; a política fiscal expansionista agrava o problema da inflação; a inflação deve restringir ações para desvalorizar o real; as principais economias globais seguem em recuperação; os juros internacionais persistem baixos; a poupança doméstica (baixa) não será suficiente para financiar todos os investimentos necessários; a poupança externa continuará como fonte importante de recursos para financiar o desenvolvimento; aproveita-se da alta liquidez, juros baixos, baixo crescimento das economias avançadas.

Na próxima terça-feira (5), a palestra será sobre "A composição das receitas municipais", ministrada pelo Diretor Executivo da FECAM, Alexandre Alves, às 19 horas, na AMVALI.