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AMVALI realiza 1ª reunião da Câmara Técnica de Mobilidade Urbana

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A Associação dos Municípios do Vale do Itapocu realizou a primeira reunião da Câmara Técnica de Mobilidade Urbana da AMVALI na manhã desta quinta-feira (24). A reunião foi coordenada pela analista de projetos e geoprocessamento da entidade, Caroline Coelho.

A câmara técnica faz parte do Colegiado de Planejamento e Geoprocessamento da AMVALI e sua implementação tem por objetivo desenvolver estratégias/ações na gestão de reorientação do modelo de urbanização e de circulação dos municípios da microrregião.

O primeiro assunto da reunião foi a apresentação do "Projeto Veículo Leve sobre Trilhos", realizada pelo coordenador da Câmara Temática Integração sobre Trilhos – CTIT, Gustavo Ginjo (arquiteto), por Fábio Luiz Pereira (geógrafo da Prefeitura de Jaraguá do Sul) e por Luiz Antônio Negri (engenheiro eletricista). O intuito foi divulgar o projeto "Integração Regional do Vale do Itapocu Transporte de Passageiros sobre Trilhos".

Segundo Gustavo este projeto engloba todos os municípios da microrregião, de forma direta os municípios de Jaraguá do Sul, Guaramirim e Corupá e de forma indireta os demais municípios de abrangência da AMVALI. A câmara temática já discute sobre este projeto desde 2008, realiza reuniões quinzenais e conta com apoio da Associação de Engenheiros e Arquitetos de Jaraguá do Sul – AEAJS e do Instituto Jourdan. O grupo é formado por profissionais de diversas áreas principalmente, engenheiros e arquitetos. "A nossa proposta através deste projeto é fazer o uso compartilhado da linha férrea para o transporte de passageiros", explicou.

Em sua análise, a CTIT concluiu que o modal VLT – Veículo Leve sobre Trilhos é a opção ideal, para integrasse aos modais existentes, pois além de cumprir com folga o atendimento das demandas de transporte, avança pelos aspectos da estruturação do desenvolvimento urbano, incorporando a retomada de uma tradição local, a de utilizar o transporte ferroviário de passageiros, isto é, com base na história dos municípios, "pegar a Litorina de Corupá", serviço paralisado no início dos anos 90 (budd cars entre Corupá e São Francisco do Sul, com 4 frequências diárias, operados pela extinta RFFSA).

Atualmente, a infraestrutura existente nos municípios de Jaraguá do Sul, Corupá e Guaramirim englobam: três pontes de porte médio (Rio Novo, Rio Itapocu e Rio Itapocuzinho); três estações de passageiros; 27 pontilhões; 11 cancelas eletrônicas; dois viadutos sob a BR 280; 76 passagens em nível; 33,44 Km de trilhos; e bitola dos trilhos métrica (1 metro).

Independentemente da continuidade das operações do transporte ferroviário de carga, ficou evidente que o sistema pode ser implantado, inicialmente, sobre 23,48 km de trilhos existentes em Jaraguá do Sul e Guaramirim e mais 9,96 km até o município de Corupá, totalizando 33,44 km de trilhos, ligando as áreas centrais dos municípios mencionados, a diversos Polos Geradores de Tráfego da região (Instituições de Ensino Superior, Áreas Industriais e grandes empresas tais como Marisol, Weg, e Menegotti), atendendo também a empreendimentos residenciais do programa "Minha Casa, Minha Vida", com possibilidade de expansão até o Campus da Universidade Federal de Santa Catarina, em construção no município de Joinville, e às cidades de Joinville e São Francisco do Sul.

Conforme o projeto com a implantação do VLT existe a previsão de movimentar aproximadamente 1.000.000 passageiros/mês, e retirar de circulação o equivalente a 750.000 veículos/mês. A CTIT considera fundamental para subsidio e continuidade dos projetos, a elaboração de um Projeto Conceitual e Estudos Funcionais e de Viabilidade, que contemplem, além dos itens anteriores descritos, os seguintes componentes: Análise de Estudos, Pesquisas e Planos Existentes; Diagnóstico / Caracterização Socioeconômica e Socioambiental; Pesquisa de Campo; Análise e Previsão de Demanda; Concepção Técnica e Operacional dos Serviços; Estudo Econômico-Financeiro; Plano Funcional; e Relatório Síntese e Apresentação Final.

A CTIT tem como pensamentos que: o transporte público coletivo com qualidade não é uma opção é uma obrigação que temos com a história e com o povo da nossa cidade; se almejarmos ser uma nação de primeiro mundo, precisamos pensar como tais e principalmente agirmos como primeiro mundo, ou seja, valorizando e utilizando as experiências do passado para nos levar ao futuro; "se tivermos oportunidade, devemos mudar a vida das pessoas para melhor" – André Agassi.

Gustavo acrescentou que na próxima terça-feira, dia 29, a CTIT estará apresentando está proposta para a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT, em Brasília. O objetivo é obter recursos para viabilizar o projeto.

OUTROS ASSUNTOS

Durante a reunião também foram repassadas informações referentes a importância e urgência dos municípios elaborarem os Planos de Mobilidade Urbana. De acordo com Caroline Coelho, os planos devem ser elaborados até abril de 2015. Os municípios que não concluírem acabarão perdendo recursos da união.

A seguir foram eleitos o coordenador (a), vice-coordenador (a) e secretário (a) da Câmara Técnica de Mobilidade Urbana da AMVALI. Foi eleita coordenadora Thais Liane Henning (engenheira civil do Instituto Jourdan), vice-coordenador Walter Egidio Mukai (engenheiro civil da Prefeitura de Schroeder) e secretária Janice Andreia Kunzler (arquiteta e urbanista da Prefeitura de Guaramirim). A próxima reunião já foi agendada para o dia 29/04, às 8h30m, na AMVALI.

Maiores Informações:

Caroline Coelho (47) 3370-7933.

Gustavo Ginjo – VLT (47) 9914-8481.