Devido à chuva ocorrida na tarde de sábado, a conclusão do recolhimento do material ficou para segunda-feira (23)
Da janela de sua casa, dona Matilde Apolinária Malheiro, 82 anos, observava o movimento na Rua Professor Antônio Estanislau Ayroso, na Vila Lenzi, e o marido, seu Francisco Malheiro, 88 anos, que estava apoiado no portão vigiando o material que deixou em sua calçada, devidamente organizado junto ao muro. Era o início da manhã de sábado (21), dia do Arrastão da Limpeza, e ele esperava pelo pessoal da Prefeitura para recolher os objetos – entre eles uma caixa contendo lata de tinta vazia. Ela passou a integrar as centenas de toneladas de lixo recolhidas também em ruas do Bairro Nova Brasília na sexta edição do Programa Aqui Eu Moro, Aqui Eu Cuido, que teve a coleta interrompida à tarde, por causa da chuva, e retomada na segunda-feira (23). Devido a este contratempo, os organizadores deverão divulgar o resultado nesta terça-feira (24), mas adiantam que foram recolhidas 3,6 toneladas somente de recicláveis.
Antes da equipe do Aqui Eu Moro, Aqui Eu Cuido chegar à residência de seu Francisco, porém, ele recebeu uma visita inesperada: a prefeita Cecília Konell, que tem acompanhado os trabalhos do Arrastão da Limpeza em todas as suas edições para saber a opinião dos moradores sobre o programa. "Esta iniciativa é muito boa", falou à prefeita, enquanto sua filha Maria Malheiro Koch, 62 anos, também se aproximava do portão. "Devia ter pelo menos três vezes no ano", sugere a aposentada. Ela salienta que sua família não costuma juntar coisas e encaminha tudo o que pode para o lixo ou à reciclagem. Outro hábito adotado por eles é a constante manutenção do quintal, onde mantêm os pratinhos dos vasos com areia por causa da dengue. "Cuidamos bastante porque a gente quer higiene e saúde", ensina.
Outro morador consciente sobre a importância de manter o quintal limpo é o tintureiro Gaudêncio Marcelino, 48 anos, que reside há três décadas na Rua Expedicionário Antônio Carlos Ferreira, no Bairro Nova Brasília. "Aqui em casa a gente já separa o reciclável – e toda a vizinhança também – para o caminhão que passa em nossa rua nas quartas de madrugada", informa. Mesmo assim, ele considera o programa Aqui Eu Moro, Aqui Eu Cuido uma boa iniciativa da Prefeitura. "Às vezes, a gente acumula coisas que não precisa e não tem onde guardar, mas sempre há alguém que pode aproveitar", acrescenta o morador. Uma caixa d'água e restos de madeira estavam entre os materiais que colocou na calçada para serem recolhidos.
Fontes
César Humberto Rocha (diretor-presidente da Fujama)
Telefone 3273-8008
Josiane Trocatti (integrante da comissão coordenadora do Aqui Eu Moro, Aqui Eu Cuido)
Telefones 3273-8008 e 9995-7143
