Em quatro dias de transporte de pedras, caminhões já depositaram 90 cargas do minério no molhe do lado de Araquari; obra começa a avançar em direção ao mar, e Prefeitura faz anotação diária do total de pedras depositado na orla
A empresa Ballt Terraplenagem e a Prefeitura de Barra Velha atingiram nesta quinta-feira, dia 17 de dezembro, a colocação dos primeiros mil metros cúbicos de pedras na obra de construção do molhe nordeste, entre a foz do Rio Itapocu e as cidades de Araquari e Barra Velha. A ação representa a retomada dos serviços de fixação e desassoreamento da boca da barra, no final da rua Armando Petrelli, em Barra Velha. Desde a segunda-feira, dia 14, até quinta-feira, dia 17, um total de 90 cargas de caminhões de pedra foi transportado da pedreira da Baltt, localizada em Balneário Piçarras, até a foz.
Os serviços estão sendo supervisionados diariamente pelos engenheiros Jean Pierre Lana, da Ballt, e Marcelo Metelski, da Prefeitura de Barra Velha. Na quinta-feira, o prefeito Samir Mattar (PMDB) vistoriou a obra ao lado de lideranças locais, e comprovou que o primeiro dos dois molhes a serem construídos já começa a tomar forma em direção ao mar. A obra estava paralisada desde as cheias de novembro do ano passado, por falta de recursos da antiga administração, que havia iniciado os serviços.
No local, trabalham diariamente uma escavadeira hidráulica, oito caminhões ‘truck' e duas carretas. O projeto total prevê a colocação de 44 mil m³ de pedras nos dois molhes, que receberão em torno de 22 mil m³ do minério cada um. No molhe nordeste, segundo Marcelo Metelski, antes da paralisação, 5 mil m³ haviam sido depositados. A expectativa do prefeito Samir é executar o primeiro molhe num período de 60 a 90 dias. Com a contenção nordeste pronta, já será possível iniciar o processo de dragagem (desassoreamento), o qual será executado pelo Ministério da Pesca, através da empresa Catedral, do Paraná.
Diariamente, dois funcionários da Prefeitura de Barra Velha fazem a conferência das pedras depositadas no primeiro molhe. As notas de entrega do material são assinadas para posterior prestação de contas, e a empresa de topografia Toposul, de Balneário Camboriú, foi contratada pela Prefeitura também para executar o acompanhamento e orientar o cumprimento do projeto. Foi a Toposul que iniciou a retomada dos serviços, fazendo, na semana passada, a chamada batimetria (medição da profundidade do Itapocu, da lagoa e do oceano), alinhamento e nivelamento da região da foz.
A partir do dia 4 de janeiro, a Baltt Terraplenagem monta um canteiro de obras permanente no local – por enquanto, as máquinas não ficam na foz do Itapocu à noite. Na região, serão instalados refeitório e dormitório para os trabalhadores da empresa, e as máquinas poderão permanecer no canteiro de obras.
Saiba mais sobre a obra
A retomada das obras na foz do Rio Itapocu aconteceu após o decurso de prazo das empresas que iniciaram os serviços originalmente em 2008 – a Construtora Triunfo e a Rudnick Minérios. Como o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizou obras emergenciais no Porto de Itajaí, devido à ameaça de novas chuvas na região, a Prefeitura barravelhense optou por lançar um processo de dispensa de licitação baseado no novo transbordamento da lagoa ocorrido em setembro deste ano, quando várias casas em Barra Velha e também em Araquari foram atingidas pelas águas.
"A ação foi verdadeiramente emergencial. Até mesmo o nosso fórum foi atingido pelas cheias, e não poderíamos encerrar o ano de 2009 sem retomar a obra, pois perderíamos os recursos federais assegurados pelo ministro Gregolin para executarmos a dragagem do canal, reabrindo-o", detalha o prefeito Samir. A nova empresa responsável pelo cumprimento do projeto – a Ballt Terraplenagem – foi a que apresentou o melhor entre três orçamentos para a retomada dos serviços.
Os recursos para custeio da obra virão da inclusão do pleito de Barra Velha na emenda coletiva da Bancada Catarinense a ser destinada ao Ministério da Pesca em 2010, após a visita da senadora Ideli Salvatti (PT) a Barra Velha no último dia 7 de maio. A dragagem do Itapocu, construção e abertura do canal da desembocadura no ponto original foi orçada pela Ballt em R$ 2 milhões e 300 mil, valor previsto tanto para a extração e transporte de pedras para a formação dos molhes como a construção dos chamados enroncamentos. O valor é 50% menor do que o orçamento inicial apresentado pela gestão passada da Prefeitura de Barra Velha. A Baltt colocará o total de 44 mil m³ de pedras nos dois molhes.
A princípio, a obra está projetada em três etapas: construção do molhe nordeste (lado de Araquari), com 244 metros, dragagem do canal e implantação do molhe sul, com 314 metros de cumprimento. O canal, segundo projeto original, terá 485 metros de extensão, com quatro metros de profundidade e 190 metros de largura.
Fonte:
Marcelo Metelski
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