Barra Velha abre canal emergencial no rio Itapocu

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O trabalho de abertura de um canal emergencial na foz do Rio Itapocu, em Barra Velha, executado ontem à tarde (terça-feira, dia 27 de abril), levou cerca de oito horas para ser finalizado no final da rua Armando Petrelli, na boca da barra, onde equipes da Prefeitura e máquinas contratadas concentraram esforços para dar vazão ao volume de águas da chuva que acumulou-se não só no Itapocu, mas também na lagoa de Barra Velha, e causou o transbordamento do leito da lagoa.

A Prefeitura abriu o canal após receber autorização da Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma) e também da Procuradoria da República em Joinville. Este é o terceiro caso registrado de transbordamento da lagoa desde a grande enchente de novembro de 2008, situação que se agrava a cada forte período de chuvas e ameaça comunidades ribeirinhas da região da Quinta dos Açorianos, em Barra Velha, e também do Morro Grande e Barra do Itapocu, em Araquari.

Segundo o prefeito Samir Mattar (PMDB), a ação foi emergencial, pois caso as chuvas continuassem, o volume de água poderia chegar à Praça da Bíblia, já no centro de Barra Velha, e atingir mais casas. O fórum da comarca, localizado às margens da lagoa, teve de cancelar o expediente do Poder Judiciário, pois a rua Vice-prefeito José do Patrocínio de Oliveira foi tomada pela água e não possibilitou o acesso dos serventuários ao fórum. O juiz Edson Luiz de Oliveira ordenou o cancelamento das atividades até a água baixar.

Já a rua Armando Petrelli, localizada entre o mar e a lagoa, sofreu também sérios danos. Mais uma vez, mar e lagoa se uniram, impossibilitando o trânsito na região. A comissão municipal de Defesa Civil, reunida na segunda-feira, optou pelo decreto de emergência. Por volta da meia-noite, o canal de emergência estava aberto na desembocadura do Itapocu, com forte vazão de água, e na quarta-feira pela manhã, o nível da lagoa começou a normalizar.

A Prefeitura também obteve autorização para transportar parte da areia da orla da foz até os pontos mais estreitos da península – os quais sofrem com a erosão continuada nos últimos anos. A intenção é "engordar" a península e evitar que mar e lagoa se unam definitivamente, o que seria fatal para o acesso à foz, comprometendo o trânsito de carros e caminhões.

Segundo o procurador jurídico e secretário de Planejamento de Barra Velha, advogado Eurides dos Santos, o deputado federal José Carlos Vieira (PR) foi avisado da situação emergencial e tenta em Brasília resolver questões burocráticas junto ao Ministério da Integração Nacional para o quanto antes, iniciar a construção do segundo molhe de pedras previsto no projeto de fixação e ampliação da desembocadura do Rio Itapocu. O primeiro molhe foi concluído há 30 dias, e o segundo está prestes a ser iniciado.

Os dois molhes permitirão reabrir o canal e manter o Itapocu em sua desembocadura original, o que irá, na avaliação dos engenheiros, eliminar o problema de transbordamentos da lagoa e alagamentos tanto em Barra Velha como em Araquari.

Fonte:

Eurides dos Santos

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