Prefeitura de Corupá homenageia ferroviários mais idosos

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A Prefeitura de Corupá por meio da Divisão de Cultura trabalha na
programação em comemoração aos 100 anos da Rede Ferroviária em Corupá,
desde o início do ano. A linha São Francisco-Corupá comemorou 100 anos
no dia 6 de junho.


Para marcar o evento, no dia 12 de junho (próximo sábado), a partir
das 15h30min, haverá reinauguração da Praça dos Ferroviários,
projetada pelos ferroviários em 1968, ao lado do quadro da estação.
Logo após no Salão Paroquial São José, serão homenageados os quatro
ferroviários mais idosos, as três mulheres que trabalhavam na rede e
os últimos quatro chefes de estação.

Os 11 homenageados são:
Ex-ferroviários mais velhos:
1- Alfredo Veríssimo Gabriel (88)
2- Curt Adler (82)
3- Divo Gallizzi (81)
4- Ovídio Lopes de Amorim (79)
Chefes de estação
1- Anísio Amândio de Lima (78)
2- Osvaldo Adolfo dos Santos
3- João Francisco Zimmermann (73)
4- Valdir Quost (50)
Mulheres
1- Nilce Carvalho Maurissens (79)
2- Iracina Lopes de Amorim (76)
3- Marlene Garcia (59)


Dentro das comemorações, também está programada uma exposição
fotográfica dos 100 anos, resgatando objetos e material bibliográfico
sobre a história da rede, que deve acontecer durante o mês de agosto,
em local a definir. O Museu Ferroviário de Curitiba cederá material
para exposição. Também estão sendo mantidos contatos para trazer a
Maria Fumaça e realizar passeios de Corupá a Jaraguá do Sul.
"A autorização passa por uma grande burocracia, mas faremos o possível
para conseguir trazê-la. A empresa ALL, detentora da linha precisa
autorizar. Seria um marco trazê-la para as comemorações dos 100 anos.
Há 30 anos ninguém mais andou de trem", destaca Cida Rosa, Chefe da
Divisão de Cultura.


A Rede Ferroviária foi muito importante para o desenvolvimento do
município. Em seu auge, havia 500 famílias de ferroviários. "Na década
de 40 em Corupá, ou se era agricultor ou era ferroviário. Essa
importância da rede se deve ao fato de que Corupá era um divisor de
ramais, juntamente com São Francisco e Mafra. Aqui havia a mecânica,
para reparo das máquinas a vapor", completa Cida.
Os vagões levavam mercadorias para os portos e diferentes regiões.
Havia grandes composições e muitos guarda-freios. Hoje a rede foi
privatizada, sendo a ALL detentora da linha. Já não existe a parte da
mecânica, e não há necessidade de chefe de estação. Apenas trem de
cargas, em que apenas um maquinista leva toda a composição.

Histórico da estação Hansa


A estação de Hansa foi inaugurada em 1910. Segundo informações do site
www.estacoesferroviarias.com.br/sc, a chegada do primeiro trem a Hansa
em 1910 foi o grande e decisivo acontecimento daquele ano, trazendo
curiosidade e alegria para todos. Com o trem veio muito material para
a continuação da ferrovia serra acima: cimento importado da marca
Portland, que vinha em barris, cal em sacos da marca Carbolineum,
tintas e ingredientes para a conservação da madeira, ferramentas e até
explosivos.

O progresso da Vila Hansa Humboldt tornou-se rápido, uma
vez que ali se instalou o novo acampamento da firma construtora da
ferrovia.  Inicialmente, o público era atendido com os serviços
ferroviários, somente aos sábados e aos poucos foi  implantado e
melhorado. A prioridade eram os serviços de construção, uma vez que o
objetivo principal era chegar, o quanto antes possível, a Mafra para
que a Lumber de Três Barras pudesse exportar sua madeira pelo Porto de
São Francisco do Sul.

Na época da Guerra, anos 1940, a estação teve de alterar o
nome, sendo escolhido Corupá. A velha estação de madeira foi
substituída por uma de alvenaria.

Mais informações com Cida: 3375-1399