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Voluntários amenizam o sofrimento dos desabrigados

 

O Parque Municipal de Eventos abriga atualmente (até às 15h30 do dia 26) 98 pessoas. Quatro chegaram ao abrigo na noite de ontem (25). As famílias se acomodam da melhor forma possível, com colchões, roupa de cama, roupas doadas, material de higiene pessoal, local para tomar banho e têm três refeições diárias.

Entre as famílias que aguardam o parecer da Defesa Civil está a família de dona Waltraud Draeger, de 72 anos, que chama a atenção pelos cabelos grisalhos. A pensionista mora no bairro Barra do Rio Cerro, próximo ao Parque Malwee, com o filho e três netos. Ela já havia sido atingida pelas enxurradas de novembro de 2008 e ganhou uma casa construída pelo Instituto Ressoar em parceria com a prefeitura há cerca de um ano. Com a chuva da semana passada, a água invadiu a casa e ela teve que deixar a residência. "Se a Defesa Civil avaliar que não há risco em morar lá, quero voltar", diz. Ela pede móveis para a cozinha e o quarto, já que os perdeu com a enchente.

Cerca de 50 pessoas prestam trabalho voluntário no Pavilhão B do parque, revezando-se durante o dia e à noite, para amenizar o sofrimento das famílias. As recreadoras Dirlene Navarro e Eliane de Azevedo, da Secretaria da Educação, contam que é ao mesmo tempo difícil e gratificante o trabalho com as crianças. "Chegamos aqui e ouvimos os dramas que as crianças mesmas contaram de como foi enfrentar a enchente. Algumas já estavam sendo levadas pela água e foram salvas na última hora", conta Dirlene, emocionada. A recreadora Eliane de Azevedo lembra que nos primeiros contatos as crianças resistiram um pouco às atividades, pois não entendiam porque tinham que ficar ali. Queriam voltar para casa.

Enfrentando um calor de mais de 30ºC, pingando de suor, elas se esforçam para contar as melhores histórias, proporcionar a criação dos melhores desenhos, fazer a brincadeira de roda mais divertida e dar o melhor de si mesmas. "Queremos fazer as crianças interagirem, entender um pouco da realidade sim, mas de forma lúdica", afirmam as recreadoras.

A coordenadora do abrigo provisório montado no parque de eventos, Waltraut Nunes, conta que muitos jaraguaenses estão ajudando, tanto que não falta comida nem roupas para as famílias desabrigadas. "Temos pão garantido por muitos dias e agora uma empresa da cidade está servindo o almoço aqui. Estamos muito agradecidos", destaca. Na Arena Jaraguá, o pedido é para que sejam doados arroz, feijão, café, açúcar, óleo, leite em pó ou longa vida, farinha de mandioca, farinha de milho, farinha de trigo, além de roupa de cama, colchão de casal e roupa infantil masculina. Fraldas descartáveis, bebê conforto, berço, carrinho de bebê, calçado infantil e adulto masculino e material de limpeza também são necessários. As doações devem ser entregues na Arena Jaraguá, das 7 às 20 horas.

Fonte: Waltraut Nunes – responsável pelo abrigo no parque de eventos – (47) 8820-0048

Clarissa Borba

Jornalista (SC-01973-JP)

Diretoria de Comunicação

Prefeitura de Jaraguá do Sul

(47) 2106-8222, 2106-8199