Caminhada da Saúde Mental acontece amanhã (18) no Calçadão

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Os serviços de saúde mental da Secretaria da Saúde promovem nesta quarta-feira (18) uma "Caminhada da Saúde Mental" em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, 18 de maio. A partir das 11 horas, profissionais, usuários e familiares dos serviços de saúde mental farão uma caminhada no Calçadão da Marechal (desde a loja Focus Studio Digital até o Museu Emílio da Silva) com o lema "Por uma sociedade sem manicômios".

Na praça, haverá uma exposição dos trabalhos realizados pelos dois Centros de Atenção Psicossocial (Caps II e Caps Álcool Drogas) para chamar a atenção dos que passarem pelo local. Além do Caps II e do Caps AD, o Ambulatório de Saúde Mental Infanto-Juvenil (Asmi) também faz parte dos serviços de saúde mental. De acordo com a assistente social Sibeli Reichow, do Apoio da Saúde Mental, a caminhada quer sensibilizar a população na discussão da "loucura", tratando-a como tema do cotidiano da sociedade, com ações de promoção da saúde mental e de prevenção.

O psicólogo do Caps AD, Jeovane Faria, explica que 18 de maio é a data que marca a reforma psiquiátrica na Itália e foi adotada no Brasil como dia simbólico. De acordo com Faria, a luta por melhorias no tratamento a pessoas com problemas de saúde mental iniciou na década de 70, quando foram feitas denúncias de maus tratos dentro das instituições manicomiais. No Brasil, somente em 2001 foi sancionada uma lei de reforma psiquiátrica que, aos poucos, está diminuindo o número de leitos em hospitais psiquiátricos, encurtando a duração das internações psiquiátricas e incentivando o convívio com a família e a sociedade, além do tratamento desses pacientes em hospitais normais. O psicólogo ainda alerta para pesquisas recentes que mostram que há pacientes morrendo em hospitais psiquiátricos, sem causa conhecida. "Há pouco tempo, uma rede de TV divulgou uma ampla pesquisa feita em Sorocaba (SP), entre os anos de 2006 e 2010, onde foram identificadas mais de 200 mortes sem causa conhecida. Infelizmente, no século 21, as pessoas ainda são vítimas de violência em instituições manicomiais", lamenta Faria.

Fontes: Sibeli Reichow – assistente social do Apoio Matricial da Saúde Mental – (47) 3276-0604

Jeovane Faria – Psicólogo do Caps AD – (47) 3370-5693

Clarissa Borba

Jornalista (SC-01973-JP)

Diretoria de Comunicação

Prefeitura de Jaraguá do Sul

(47) 2106-8222, 2106-8199