"Bailarina não fala, dança. Mas quero dizer que estou feliz de estar novamente em Jaraguá do Sul diante desta plateia maravilhosa e por ter feito esta abertura do Jaraguá em Dança. Obrigado pelo carinho." Com este depoimento dado durante homenagem que recebeu depois de se apresentar no palco do lotado Grande Teatro da Scar, na noite de terça-feira (18), Ana Botafogo cativou de vez o público já encantado com suas apresentações realizadas momentos antes, uma solo e outra tendo como partner o bailarino Joseny Coutinho, do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Marcando o lançamento do Jaraguá em Dança, o espetáculo também contou com a participação de Daniel Siqueira e Juliane Engelhardt, do Balé Teatro Guaíra, de Curitiba/PR.
Após o espetáculo, a primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – que já esteve em Jaraguá do Sul há quatro anos, coincidentemente na mesma data, 18 de outubro – ainda esbanjou simpatia ao atender pacientemente os fãs (muitos deles bailarinas inscritas no Jaraguá em Dança), a quem distribuiu autógrafos e beijos, além de posar para fotos. A sessão, que durou quase uma hora, ocorreu junto à exposição sobre a vida e os 35 anos de carreira montada junto ao acesso do Grande Teatro da Scar. Depois disso, Ana Botafogo gravou uma mensagem que será exibida no início de cada período de apresentações do Jaraguá em Dança, que será realizado de 26 a 31 deste mês. No depoimento, a bailarina dá boas vindas aos participantes do evento e deseja que sua história de 35 anos de carreira sirva de estímulo para que os participantes do Jaraguá em Dança conquistem uma carreira tão bonita e prazerosa como a que ela tem.
EXPOSIÇÃO – Coordenada pelo pai e declaradamente fã número um da maior estrela do balé brasileiro, o médico Ernani Ernesto Fonseca, a mostra reúne cerca de 200 peças, entre quadros com reportagens e fotos, diplomas de homenagens recebidas, sapatilhas e figurinos, além de vídeos com apresentações de Ana Botafogo. De acordo com ele, a montagem de uma exposição foi idealizada em 1996. "Tínhamos muitas coisas guardadas em um arquivo morto e decidimos compartilhar estes documentos com o público", informa Fonseca, acrescentando que a exposição conta a vida da bailarina desde os sete anos, quando começou a estudar balé. Ele explica que, apesar do sobrenome – herdado da mãe, com antepassado que deu o nome ao bairro carioca de Botafogo -, Ana nunca residiu nesta localidade, tendo passado sua infância e adolescência na Urca e atualmente mora no Flamengo.
A mostra já foi montada cerca de 40 vezes, tendo passado por capitais e cidades de estados como, por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco e Minas Gerais, para onde deverá retornar em dezembro, quando será montada em Belo Horizonte. Integrando a programação do Jaraguá em Dança, a exposição está aberta à visitação pública na Scar, local em que permanecerá até o 6 de novembro. No dia seguinte, irá para Joinville, onde Ana Botafogo receberá, em 8 de novembro, uma homenagem da Câmara Municipal, que lhe concederá o título cidadã honorária joinvilense.
Jorge Pedroso
Jornalista (DRT/RS 6009)
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