29 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Fumo

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O Dia Nacional de combate ao fumo, 29 de agosto, tem como objetivo reforçar as ações nacionais de sensibilização e mobilização da população brasileira para os danos sociais, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.

O tabagismo, ou hábito de fumar, é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma doença crônica gerada pela dependência e exposição à nicotina. O tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes por câncer de pulmão, 25% das mortes por doença coronariana, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Outras doenças que também estão relacionadas ao uso do cigarro são aneurisma arterial, trombose vascular, úlcera do aparelho digestivo, infecções respiratórias e impotência sexual no homem. Estima-se que, no Brasil, a cada ano, 200 mil pessoas morram precocemente devido às doenças causadas pelo tabagismo, número que não para de aumentar.

Além dos danos inquestionáveis que o hábito de fumar causam ao tabagista, basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas fumando lançam em nosso meio ambiente a cada dia.

Em Jaraguá do Sul, várias ações vêm sendo desenvolvidas para enfrentar este problema. Um importante passo no combate ao tabagismo foi a promulgação em julho de 2010 da Lei Municipal nº 5.675, que proíbe o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígeno, derivado ou não do tabaco, em recintos coletivos, privados ou públicos. Esta lei, por si só, trouxe uma importante mudança de comportamento em nossa comunidade, garantindo o direito da maioria das pessoas (que não fumam) de não ter que respirar a fumaça de cigarros em ambientes de uso coletivo.

Outro passo no combate ao tabagismo em Jaraguá do Sul foi a implantação do Programa Municipal de Controle do Tabagismo, que funciona no município desde julho de 2011 e está sediado na Unidade Sanitária Central, ajudando às pessoas a parar de fumar. Este programa oferece avaliações clínicas médicas e sessões de grupo e já atendeu a 426 fumantes que iniciaram o tratamento em 30 diferentes grupos. Deste total de pacientes que participam do programa, 353 já concluíram o tratamento e destes 185 (52,4%) pararam de fumar.

O próximo passo em que estamos trabalhando, seguindo às recomendações do Ministério da Saúde, é na descentralização do Programa Municipal de Controle do Tabagismo para os bairros, através do atendimento nas Unidades Básicas de Saúde. Este processo de descentralização facilitará, ainda mais, o acesso da nossa comunidade e permitirá a participação cada vez maior de tabagistas que queiram parar de fumar, contando com o tratamento no próprio bairro em que moram. Neste sentido já contamos com a Unidade de Estratégia da Família localizada no bairro Santo Antônio (Três Rios do Norte) que já iniciou as atividades do programa, fazendo a avaliação clínica e primeira entrevista com fumantes do bairro. Nesta unidade de saúde a primeira sessão em grupo será realizada na próxima terça-feira (4/09). Assim que outras equipes profissionais que atuam nas unidades básicas de saúde sejam capacitadas para implantar o programa, teremos um número ainda maior de pessoas sendo atendidas localmente para se livrar o uso do tabaco.

Qualquer pessoa que tenha o interesse em parar de fumar, pode procurar o Programa Municipal de Controle do Tabagismo, que funciona na Unidade Sanitária Central, localizado à Rua Jorge Czerniewicz, 800 ou entrar em contato através do telefone (47) 2106-8300.

Outras informações relacionadas ao Tabagismo:

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) o tabagismo está relacionado a:

– 25% das mortes causadas por doença coronariana – angina e infarto do miocárdio;

– 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos;

– 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos;

– 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema;

– 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos);

– 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero);

– 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

Dados sobre o impacto do tabagismo para a saúde da mulher fumante:

1. O risco de infarto do miocárdio, embolia pulmonar e tromboflebite em mulheres jovens que usam anticoncepcionais orais e fumam chega a ser 10 vezes maior que o das que não fumam e usam este método de controle da natalidade.

2. Mulheres fumantes de dois ou mais maços de cigarros por dia têm 20 vezes mais chances de morrer de câncer de pulmão do que mulheres que não fumam.

3. As mulheres têm risco maior de ter câncer de pulmão com exposições menores do que os homens. Adenocarcinomas ocorrem mais em mulheres fumantes do que em homens, e estão associados ao modo diferenciado de fumar (inalação profunda) e ou produtos voltados para a mulher.

4. Calcula-se que o tabagismo seja responsável por 40% dos óbitos nas mulheres com menos de 65 anos e por 10% das mortes por doença coronariana nas mulheres com mais de 65 anos.

5. Mulheres fumantes que não usam métodos contraceptivos hormonais reduzem a taxa de fertilidade de 75% para 57%, devido ao efeito causado pelas taxas de concentração de nicotina no ovário.

6. As fumantes que fazem uso de contraceptivos orais apresentam risco para doenças do sistema circulatório, aumentando em 39% as chances de desenvolver doenças coronarianas e 22 % a de acidentes vasculares cerebrais.

7. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos. Abortos espontâneos, nascimentos prematuros, bebês de baixo peso, mortes fetais e de recém-nascidos, complicações com a placenta e episódios de hemorragia (sangramento) ocorrem mais freqüentemente quando a grávida é fumante. Tais problemas se devem, principalmente, aos efeitos do monóxido de carbono e da nicotina exercidos sobre o feto, após a absorção pelo organismo materno.

8. Entre as mulheres que convivem com fumantes, principalmente seus maridos, há um risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão em relação àquelas cujos maridos não fumam.

9. Uma vez abandonado o cigarro, o risco de doença cardíaca começa a decair. Após 1 ano, o risco reduz à metade, e após 10 anos atinge o mesmo nível daqueles que nunca fumaram.

Fonte: Instituto Nacional de Combate ao Câncer (INCA)

Fonte para entrevista: Walter Clavera – diretor de Vigilância em Saúde, Secretaria da Saúde de Jaraguá do Sul – (47) 2106-8310

 

 

Clarissa Hammes Borba de Oliveira
Jornalista (SC-01973-JP)
Diretoria de Comunicação
Prefeitura de Jaraguá do Sul
(47) 2106-8199