Há tempos que em reuniões, rodas de amigos e conversas venho enaltecendo que precisamos de uma maneira mais simples de viver, para simplificarmos nossas decisões e ações no dia a dia. Tenho o convencimento de que estarmos à disposição para ouvir, ajudar e cooperar é uma das formas de mudarmos a vida das pessoas.
Desde o início de nossa gestão é assunto corrente a forma como tratamos o uso do carro, a destinação do lixo e o cuidado com a cidade. Foco aqui duas questões em que são necessários quebras de conceitos e preconceitos para que façamos o uso do transporte coletivo, da bicicleta e de meios e transportes alternativos para a locomoção na cidade. Não só defendo como já inclui em minha prática diária, salvo exceções, a bicicleta e o transporte coletivo para me deslocar de casa para o trabalho.
No Brasil ainda é pequeno o uso do transporte alternativo para a mobilidade. Já em outros países, e comprovamos isto na viagem que realizamos à cidade de Portland (EUA) e nos países Suécia e Finlândia. Em Estocolmo um índice chama a atenção. 70% das pessoas possuem carros, porém 20% utilizam deste transporte para ir ao trabalho. Já faz parte da cultura e costumes.
Esta não é ação imposta, mas um trabalho desenvolvido há muitos anos de mudança de pensamento sobre o uso do carro. Este veículo é para passeio. Lá existem incentivos ao uso principalmente das bicicletas. É claro que o poder público tem grande participação nesta quebra de paradigmas. Em Estocolmo, na Suécia, as estações de metrôs e de trens são interligadas. Para desestimular o uso do carro, foi criada uma taxa de quatro euros para entrar ou sair da região central da cidade. As avenidas e túneis são planejados no longo prazo, tudo com critérios bem definidos. Planejamento é o que queremos para Jaraguá do Sul. Para uma mobilidade urbana funcional são necessários uma série de ações. Mudança de pensamento global, planejamento e incentivo aos meios de transportes alternativos.
Já em relação ao lixo é preciso ser pontual. Não podemos admitir que R$ 10 milhões por ano sejam destinados a isso. É ação que precisamos realizar. Reciclamos apenas 3%, enquanto que em países desenvolvidos este número ultrapassa 50%. Já estamos trabalhando na destinação de sacolas com cor diferenciada para o lixo reciclável, a exemplos que temos em nossa região, como Indaial, Timbó e Pomerode. Vamos acelerar o estudo da usina de queima do material orgânico, com viés para produção de energia. Este tema já está bem adiantado com cidades da região do Vale do Itapocu, Joinville e região da Amunesc.
A preocupação é com o que queremos deixar para nossos filhos e netos. Enterrar o lixo orgânico é ainda praticada no Brasil como a melhor alternativa e a mais barata. Tenho a convicção de que precisamos mudar isto também. Precisamos cuidar mais de nossa cidade, de nossos filhos e a destinação correta do material orgânico e reciclável é o ponta pé inicial para mudarmos esta situação.
Por fim, para conseguirmos iniciar a mudança de cultura, precisamos viver de forma mais simples, para simplificarmos a vida. Já estamos dando o primeiro passo. Convido a todos para mudarmos juntos a nossa cidade e transformarmos em referência de boas iniciativas, e em um lugar ainda melhor para viver.
Dieter Janssen
Prefeito de Jaraguá do Sul
Ricardo Portelinha
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