Empresário que adequou loja aumentou em 40% a venda de aves e carnes assadas
A Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul está fiscalizando, orientando e notificando os estabelecimentos que vendem carne e frango assados no município. Nos casos em que há risco à saúde da população, os estabelecimentos são interditados até que a irregularidade seja resolvida.
Os locais estão sendo visitados por fiscais do órgão para que o serviço ofereça segurança alimentar, higiene, refrigeração adequada, entre outros itens. "A multiplicação de bactérias nos alimentos acontece como numa progressão geométrica, tudo muito rápido", explica João Batista Oliveira, fiscal da Vigilância Sanitária. "Por isso é muito importante a manipulação adequada das carnes", completa a coordenadora da Vigilância Sanitária, Nilceane Costa.
O comerciante Sidnei Sabel trabalha no ramo há 20 anos. Depois de receber uma visita da Vigilância Sanitária, recebeu um prazo para adequar o estabelecimento às normas da Anvisa. "Eu dependo disso para viver. Resolvi me adequar e isso aumentou o movimento da loja em 40%, pois separei o bar dos assadores de carne e muitas pessoas que não gostavam de entrar no bar para comprar um frango assado, passaram a ser meus clientes", conta Sabel. O assador conta também que agora há mais segurança no ambiente de trabalho, com o uso de botas, luvas e a lavação frequente das mãos. "Depois que fiz a reforma, comprei mais uma assadeira para 110 kg de carne, devido ao aumento nas vendas", acrescenta.
O fiscal da Vigilância Sanitária, João Batista de Oliveira, responsável pela orientação e fiscalização dos estabelecimentos que vendem carnes e aves assadas, explica os itens exigidos para o funcionamento dos estabelecimentos do ramo:
Na área de manipulação da carne
1. Vestiário – onde o manipulador da carne veste jaleco, calça, bota e boné, todos de cor clara e usados somente para este fim.
2. Lavatório com sabão líquido e papel toalha- onde o manipulador lava as mãos antes de manipular a carne.
3. Freezer e geladeira – as carnes congeladas devem, necessariamente, ser descongeladas sob refrigeração. Todas as carnes devem estar embaladas, rotuladas, dentro do prazo de validade e com a procedência discriminada.
4. Mesa de manipulação lisa e lavável – onde o manipulador tempera e corta a carne. Após a manipulação, a carne deve ser devolvida à refrigeração (para ser assada em seguida) ou ir direto para o aparelho assador.
Na área dos aparelhos assadores
5. Lavatório – onde o assador higieniza as mãos
6. Balcão de atendimento com superfície lisa e lavável
7. Não é permitida a exposição dos aparelhos assadores próximos à rua
É necessário contratar um serviço de desratização e imunização do estabelecimento por empresa especializada. É necessário ter paredes lisas, laváveis, de cor clara e todas as aberturas do estabelecimento devem ser isoladas (telas). O piso deve ser lavável e ter ralos com sifão. As lixeiras devem ser acionadas com o pé. Os aparelhos assadores não podem ser à base de lenha, por este ser um elemento contaminante.
É recomendado que o caixa do estabelecimento seja separado do local de entrega das carnes. É recomendado que as lâmpadas (sejam fluorescentes, sejam incandescentes) tenham algum tipo de proteção (grades, globo) para evitar a sua queda. A Resolução da Diretoria Colegiada da Anvisa, RDC 216/2004, explica com detalhes como devem ser os estabelecimentos que manipulam alimentos (fluxograma).
Fontes: João Batista de Oliveira – fiscal da Vigilância Sanitária responsável pela orientação e fiscalização dos estabelecimentos que vendem carnes e aves assadas – (47) 2106-8464
Nilceane Costa – coordenadora da Vigilância Sanitária de Jaraguá do Sul, da Diretoria de Vigilância em Saúde – Secretaria da Saúde – (47) 2106-8410
Clarissa Hammes Borba de Oliveira
Jornalista (SC-01973-JP)
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