Abertas inscrições de ACT´s para área da Saúde e Cultura em Corupá
Estão abertas até 15 de abril, as inscrições para o processo seletivo de seis cargos ACT´s (admitidos em caráter temporário), para preenchimento de vagas em cadastro reserva nos cargos de Médico Ginecologista, Nutricionista, Fonoaudiólogo, Técnico em Segurança do Trabalho e Agente Epidemiológico para atuação na Secretaria Municipal de Saúde de Corupá e Instrutor de Música para Secretaria Municipal de Educação e Cultura.
As inscrições devem ser feitas na Secretaria de Educação, das 8h às 12h, apresentando os seguintes documentos: fotocópias da identidade, CPF, comprovante de residência (fatura de água, luz ou telefone), comprovante de escolaridade, conforme a exigência do cargo e declaração de tempo de serviço para os cargos de nível superior e técnico.
Cargos
Habilitação
Médico Ginecologista: 10h
Curso Superior na área com registro no CRM
Nutricionista: 20h
Curso Superior na área com registro no órgão de classe
fonoaudióloga: 35h
Curso Superior na área com registro no órgão de classe
Técnico em Segurança do Trabalho: 20h
Ensino Médio e Técnico, com registro no órgão de classe e CNH-B
Instrutor de Música: Bateria e percussão erudita: 20h
Ensino Médio
Instrutor de Música: Violão, contrabaixo elétrico e guitarra: 20h
Ensino Médio
Instrutor de Música: Violino: 10h
Ensino Médio
Agente Epidemiológico
Ensino Fundamental e CNH-A
A classificação do cargo de Médico Ginecologista, Fonoaudiólogo, Nutricionista e do Técnico em Segurança do Trabalho será pela formação, tempo de serviço na função, maior de idade, estado civil (casado) e maior número de dependentes.
A classificação do cargo de Agente Epidemiológico será pela nota da prova de redação, que acontecerá no dia 16 de abril (quarta-feira), na Aciac (Associação Comercial e Industrial de Corupá), com início às 9 horas.
A classificação do Instrutor de Música será pela prova prática no dia 16 de abril, na Secretaria de Educação e Cultura, com início às 8 horas. Também será analisado o tempo de serviço na função, maior idade, estado civil (casado) e maior número de dependentes.
As listagens de classificação serão afixadas no mural da Prefeitura de Corupá e das Secretarias Municipais de Saúde e Educação, a partir de 22 de abril. A chamada para ocupação das vagas será por telefone e de acordo com a necessidade do município.
Mais informações edital, disponível no site da prefeitura http://www.corupa.sc.gov.br/ <http://www.corupa.sc.gov.br/> ou pelo telefone 3375-1399
Escola São José comemora 85 anos de história
A Escola de Educação Básica São José, situada na rua Padre Vicente, 166, centro de Corupá, completou 85 anos no dia 29 de março. Para marcar a data, houve homenagem cívica no mês de março, resgatando a história da unidade escolar.
O prédio escolar pertence às Irmãs Franciscanas de São José, que desde 1971, mantêm convênio de aluguel com o Governo do Estado de Santa Catarina. Por seus bancos escolares, passaram várias gerações e muitos alunos que se tornaram cidadãos atuantes na sociedade.
A escola São José transforma e se inova diariamente. Desde 2009, é administrada pelo diretor Lairton Hartmann Müller, que em parceria com a APP e apoio da Congregação das Irmãs Franciscanas de São José, de pais, empresários da área do comércio, indústria e do poder público, realizaram várias mudanças, investindo em ações e projetos que contribuíram para a melhoria da aprendizagem, construção do conhecimento e do bem estar dos alunos e funcionários. "As melhorias efetuadas visam sempre o bem estar de alunos e funcionários", destaca o diretor. Como lema, a escola adota a frase do Evangelho de Marcos, capítulo 9 e versículo 37: "Quem acolher em meu nome uma destas crianças, estará acolhendo a mim mesmo".
Atualmente a escola atende 559 alunos do ensino fundamental (1º ao 9º ano), no período matutino e vespertino. Os alunos estão distribuídos em 23 turmas, destas 16 de anos iniciais e sete de anos finais do ensino fundamental. Possui 14 salas de aulas e demais dependências. Desde outubro de 2013, abriga o Cejac (Centro de Educação de Jovens e Adultos), que pertence à rede estadual de ensino. Para atender a modalidade, cedeu três salas de aula no período noturno e uma sala para a secretaria da instituição.
O quadro administrativo e pedagógico é formado por 38 funcionários: diretor, secretária, assistente técnico-pedagógico, 29 professores, três funcionários da APP para serviços gerais e três cozinheiras contratadas pela empresa Nutriplus Alimentação.
Depoimentos e recordações
A Escola São José é referência na educação de muitos jovens de Corupá e traz boas recordações aos que estudaram e trabalharam na instituição.
Irmã Othilia Uliano
Uma das grandes lembranças da comunidade é a Ir. Othilia Uliano (82), conhecida por Irmã Mediatrix, que administrou a escola por 20 anos. Ela trabalhou como diretora no período de 1970 a 1990. O nome "Mediatrix", adotou quando se tornou Irmã. Todos lembram com saudade da simplicidade, calma e carinho com que tratava a todos.
Atualmente a Ir. Mediatrix está na Congregação das Irmãs Franciscanas, no município de Angelina, onde auxilia em diversas atividades, cuidados com a capela e na formação das meninas que querem ser Irmãs. Desde que saiu de Corupá, passou por diversos municípios como Ijuí (RS), Ituporanga, Itapema, Armazém e desde 2010 em Angelina. Nestes locais sempre trabalhou em serviços fraternos e nas formações.
Irmã Mediatrix sente saudades do trabalho em Corupá. "Era um povo muito acolhedor. Conhecia a todos e me sentia bem. Foi um trabalho sacrificado, mas tinha muita boa aceitação da comunidade e dos professores, que eram muito queridos e acessíveis",diz emocionada.
Outra lembrança marcante da Escola São José foi a Irmã Flavia, que lecionava aulas de datilografia para alunos e pessoas da comunidade, interessadas em aprenderem esse ofício.
Professora Lenira Gaertner
A professora aposentada Lenira Gaertner sente-se feliz e realizada por fazer parte da história e da caminhada desta escola. "Iniciei meus trabalhos como professora alfabetizadora na Escola São José em 1990 e permaneci na mesma por 23 anos de trabalho. Em todos esses anos, acompanhei o seu processo de crescimento. Hoje a escola é considerada exemplo dentro do município de Corupá. Isto só foi e é possível pela dedicação, trabalho e esforço de todos que puderam ter a oportunidade de trabalhar nesta escola. Ao longo dos anos, sempre se priorizou seguir o lema "Educar na liberdade com responsabilidade", enfatiza Lenira.
Jean Carlo Chilomer
O Diretor Executivo da Aciac (Associação Empresarial de Corupá), Jean Carlo Chilomer, foi ex-aluno da escola. Iniciou os estudos em 1982 e compartilhou bons momentos com os amigos. Para Jean, atualmente como pai e presidente da APP, estudar nessa escola foi uma honra. " Falo com muito saudosismo do prazer que foi estudar no São José. Foi uma escola maravilhosa, com bons professores e bons colegas, um ambiente muito legal.
De todas as escolas em que já estudei foi a que mais me senti envolvido. Lembro-me como se fosse hoje, do dia em que me formei na 8ª série. Quase todos da minha turma caíram em lágrimas por sabermos que no ano seguinte, não continuaríamos no São José.
Mas quis o destino, que hoje retornasse diariamente à escola, pois tenho minha filha Ana Paula matriculada na 5ª série e como o pai, ela adora a escola.
Nos últimos dias, assumi com muito orgulho a presidência da APP e esperamos fazer um bom trabalho com os demais membros da diretoria, professores, pais e alunos da escola, buscando sempre melhorar a qualidade de ensino na escola. Só posso dizer que tenho um carinho muito grande pela Escola São José", finaliza Jean.
Professora Reintraud Menestrina (Traudi)
A professora Reintraudt Menestrina trabalhou na escola por 22 anos, de 1980 a 2012, quando se aposentou. Desde então é Conselheira Tutelar. A professora Traudi tem boas lembranças dos momentos vividos na escola. "Sempre tive e ainda tenho um enorme apreço pela EEB São José e a consciência tranquila de que enquanto professora, dediquei-me ao máximo para o bom desenvolvimento das crianças corupaenses que lá estudaram", completa.
História da Escola São José
A Escola São José foi fundada em 29 de março de 1929, pela Congregação Sagrado Coração de Jesus, como Colégio Paroquial São José, dirigida pelo Padre Vicente Schmitz. Durante sua fundação, a escola funcionava em uma casa provisória, atendendo alunos do 1º ao 4º ano.
Em 3 de abril de 1930, as aulas iniciaram no novo edifício, situado na Rua Princesa Isabel, hoje Padre Vicente. A comunidade de Hansa Humboldt, por intermédio do Padre Vicente solicitou auxílio de irmãs religiosas, que iniciaram as suas atividades tanto na escola quanto na igreja, em 1933.
Em 1939 a escola foi oficializada, passando a denominar-se Grupo Particular São José e administrado pelas Irmãs Franciscanas de São José, sendo nomeada como diretora, a Irmã Filipana Boeing.
O ensino foi ministrado na língua alemã até meados da década de 40 e atendia uma média de 116 a 120 crianças, de ambos os sexos, divididos em três classes. Neste período, o colégio mantinha-se com recursos adquiridos através de mensalidades dos alunos e subvenções da prefeitura por atender uma média de 25 alunos de forma gratuita e de 35 a 40 com desconto. Era uma escola paroquial particular chamada "Colégio São José". Até 1940 ministrava o curso primário e a partir desta data passou a ministrar o curso primário complementar. Em 1942 ocorre a alteração do nome de Colégio para "Grupo Escolar São José".
No ano de 1944, o nome Hansa Humboldt mudou para Corupá, devido a 2ª Guerra Mundial e a Irmã Serena Boeing (Agatha Boeing) assume a direção do Colégio. Durante a sua gestão, em 1945, a Congregação das Irmãs Franciscanas de São José comprou 49.200m2 do terreno Paroquial Católico por 20 contos de réis. Desta área, reservou 3.525m2 para o funcionamento do Grupo Escolar São José, que incluía a escola existente na época. Um novo prédio é construído para melhor atender a comunidade de Corupá.
A construção do prédio foi com recursos, quase que exclusivamente da comunidade, dirigida e orientada pelo senhor Adolfo Baeumle, benfeitor da comunidade. O novo prédio destinou-se somente as salas de aula, enquanto a parte antiga ficou destinada à moradia das irmãs e a administração do colégio.
A partir de 1947, o Colégio São José passa a chamar-se Grupo Escolar Particular São José, sob decreto oficializado e aprovado em 30 de setembro de 1949. No período de 1954 a 1957, o grupo escolar esteve sob a direção da Irmã Maria Estefânia Koerich. Em 1955, o nome da rua ainda era Princesa Isabel e o curso ministrado na escola era o fundamental infantil e o comum ou elementar. Possuía quatro salas de aula, uma biblioteca com 422 volumes para professores e alunos.
Até 1970, o grupo era mantido através das mensalidades dos alunos e subvenções/auxílios do governo federal e municipal. Em 1971, com o fim do convênio, a escola passa por sérias dificuldades financeiras e para não ser fechado, o ensino no "Grupo Particular São José" foi estadualizado pelo decreto Lei 10.525/71, atendendo alunos de 1ª a 4ª série. As dependências foram alugadas ao governo do estado de Santa Catarina, passando a chamar-se Grupo Escolar São José, com supervisão das Irmãs Franciscanas.
Até 1984, a escola ofereceu apenas o curso de 1º a 4ª série e a partir de 1985, o ensino fundamental de 5ª a 8ª série foi implantado gradativamente. Naquele ano, a escola passou a chamar-se Escola Básica São José.
A partir de então, novas construções foram realizadas na escola para atender esta nova demanda com qualidade. Em 1986 foi autorizado o funcionamento do pré-escolar.
No ano 2000, a Secretaria da Educação do Estado mudou a razão social das escolas, passando a chamar-se Escola de Educação Básica São José, nome que permanece atualmente.
Durante os 85 anos de caminhada, a escola ofereceu aos seus alunos além das atividades do currículo, curso de datilografia, lições de pintura, música (piano, bandolim e violão), trabalhos artesanais (crochê e tricô).
Diretores
Ao longo dos anos, a escola teve centenas de professores e 13 diretores como:
1929 a 1938: Padre Vicente Schmitz
1939 a 1943: Ir. Filipana Boeing
1944 a 1947: Ir. Serena Boering
1948 a 1952: Ir.Maria Josefina Schulz
1953 a 1959: Ir. Maria Estefânia Koerich
1960 a 1963: Ir. Josefina Schulz
1964 a 1969: Ir. Verônica Esser
1970 a 1990: Ir. Othilia Uliano (conhecida como Ir. Mediatrix)
1991 a 1996: Ir. Lucy Broering
1997 a julho de 2005: Ir. Terezinha Baggio
Julho de 2005 a 2008: Ir. Ana Glória Raldi
2009 a 1 de abril de 2012: Lairton Hartmann Müller
02 de abril a 01 de maio de 2013: Claudia Hoch
02 de maio de 2013 até a atualidade: Lairton Hartmann Müller
Todos os diretores trabalharam e trabalham em prol de uma Escola democrática e aberta à comunidade, com visão pedagógica adequada aos avanços tecnológicos e desenvolvimento das novas perspectivas educacionais, mantendo a escola em atividades dentro do melhor padrão possível.
Mais informações: 3276-9378
Fotos antigas: Arquivo da Divisão de Cultura
Artigo de opinião
Escola São José, doces lembranças
Por Reintraudt Menestrina, professora aposentada e conselheira tutelar
A Escola São José foi a primeira escola em que estudei e lecionei. Foi também a escola onde fiz meu curso de Datilografia com a Ir. Flávia e onde meu filho completou o Ensino Fundamental.
Iniciei o 1º ano primário em 1969, quando então se chamava Grupo Escolar São José. Em 1972 terminei o 4º ano e fui transferida para a Escola Teresa Ramos, pois não havia o ginásio no São José.
Lembro que naquele tempo quando a Ir. Mediatrix (Othilia Uliano) tocava a sineta para a entrada no início ou na hora do recreio, fazíamos fila "alinhada" e cantávamos um "Alô Bom Dia" ou fazíamos uma oração.
Adorava quando juntávamos as turmas para ensaiar canto, preparando as homenagens cívicas e apresentações agendadas. Todos os alunos tinham que copiar seus cantos numa caderneta, pois naquele tempo não havia textos mimeografados ou imprimidos, era tudo no "punho".
Havia somente uns raros carimbos, que eram colocados no caderno, como o dia da semana, com uma figurinha que eu adorava pintar e também os conceitos nas atividades tais como: Ótimo, Parabéns, etc. Ganhar um carimbinho da professora era o máximo.
Na hora do recreio curtia brincar no parquinho. Era enorme! Tinha uns 10 brinquedos, sendo que parte deles foram transferidos para o Seminário, quando da sua retirada para dar lugar ao prédio, onde passou a funcionar o pré-escolar.
Em 1980, fiquei radiante com o convite da Ir. Mediatrix para lecionar Educação Física, período em que fazia o Curso de Matemática na Furj, hoje Univille. No ano seguinte, lecionei para uma 4ª série de recuperação, no sótão desta escola. Em 1990, fui lotada por concurso como Professora de Matemática da 5ª a 8ª série e permaneci até o ano de 2012, quando me aposentei.
Durante esses 22 anos consecutivos na mesma escola, tive a oportunidade de observar muitas coisas. Infelizmente, uma delas, foi a decadência da aprendizagem dos alunos. Quando comecei a lecionar, a porcentagem de alunos com dificuldade de aprendizagem não chegava a 25%. No final, o percentual de alunos que poderiam efetivamente ser aprovados por mérito, não chegava a 50%.
Como durante este período, tive a oportunidade de estar sob a direção de cinco pessoas diferentes, pude também observar que uma escola reflete profundamente a forma de gerir do seu diretor.
Percebi também a mudança nas relações entre pais e filhos. Várias vezes ouvi de pais de filhos com problemas disciplinares, "eu não dou conta do meu filho". E essa mesma frase ainda ouço hoje, enquanto Conselheira Tutelar.
Sabemos que o mundo está mudando de forma muito rápida e que muitos dos pais um belo dia saem da maternidade com aquela coisinha maravilhosa nos braços, chegam em casa, abrem a porta e se perguntam: E agora, o que eu faço? É, ninguém nasce sabendo ser mãe e pai. E é por isso que, enquanto Educadora por 32 anos e hoje Conselheira Tutelar, posso dizer com propriedade, precisamos de uma Escola de Pais, escola esta que tem por objetivo estimular a troca de experiências e oferecer encontros e palestras sobre educação dos filhos, pois a maior dificuldade das escolas está na deficiência educacional familiar.
Encerrando, posso dizer que sempre tive e ainda tenho um enorme apreço pela EEB São José e a consciência tranquila de que enquanto professora, dediquei-me ao máximo para o bom desenvolvimento das crianças corupaenses que lá estudaram.