Com o intuito de manter o excelente nível de trabalho, o Samae de Jaraguá do Sul busca formas de reduzir as perdas de água na rede. Em recente viagem para dois municípios paulistas, Limeira e São Carlos, o prefeito Dieter Janssen e o presidente da autarquia, Ademir Izidoro, verificaram que é possível dar eficiência ao sistema.
A cidade de Limeira tem sua água administrada, desde o ano de 1995, pela empresa Odebrech numa concessão de 30 anos. Com as ações implementadas, a cidade do interior paulista possui perdas na ordem de 17%, um dos melhores índices do país, e possui metodologia semelhante a adotada pela empresa pública de Jaraguá do Sul, que é a setorização do sistema. Já na cidade de São Carlos, operada por Autarquia Municipal, as perdas se aproximam de 40%.
No Brasil, o índice de perdas nas redes está entre 40% e 50%, de acordo com Instituto Trata Brasil. Jaraguá do Sul intensificou, desde janeiro de 2013, o Programa de Combate e Controle das Perdas (PCCP), com o PCCP chega na casa de 36% em perdas no sistema de abastecimento. O presidente do Samae, Ademir Izidoro, ressalta que se O PCCP não estivesse em andamento, este índice já estaria em 53%".
Para tentar melhorar este número, a autarquia vem atuando em várias frentes que são responsáveis pelas perdas no sistema de abastecimento de água. "Nas perdas consideradas não aparentes, que são aquelas causadas pela submedição dos hidrômetros e ligações clandestinas, a autarquia está trocando todos os hidrômetros que possuem mais de 7 anos de uso", explica Izidoro. Ele lembra que o Samae já efetuou a troca de aproximadamente 5.000 hidrômetros e pretende, no segundo semestre de 2014, trocar mais 3.500.
A previsão é que em 2 anos, a empresa possa possuir um parque de hidrômetros modernos, com equipamentos que fiquem com tempo de uso entre 5 a 7 anos. Outro ponto que pesa nas perdas do sistema de abastecimento são as ligações clandestinas. Nessa, o Samae vai intensificar a fiscalização nas vistorias que já são realizadas em campo.
O presidente explica que para as perdas aparentes, "que são aquelas ocasionadas por vazamentos na rede, ou no ramal de ligação, utiliza-se a metodologia de setorização que consiste em analisar o comportamento hidráulico do setor, monitorando as vazões noturnas e assim, identificar rapidamente os vazamentos".
O Samae já implantou equipamentos para setorizar 30% do seu sistema de abastecimento. Estes equipamentos serão colocados na telemetria e serão monitorados pelo Centro e Controle Operacional 24 horas (CCO) e em tempo real. Além disso, equipe do Samae realiza pesquisa de vazamentos noturnos com equipamentos modernos de última geração.
De acordo com Ademir Izidoro "o Samae de Jaraguá do Sul está entre as principais companhias públicas do Estado, e seu índice de perdas está abaixo da média nacional. O Grande desafio é diminuir este índice para 25% nos próximos 5 anos. Tenho certeza, que mesmo sendo uma empresa pública, o Serviço tem todas as condições, com a ajuda de seu corpo técnico, a chegar nos índices de uma empresa privada".
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Ações contra perdas
Perdas Não Aparentes
Implantar definitivamente a política de troca e atualização dos hidrômetros. Busca de novos modelos com tecnologias modernas de medição de água;
Aumentar a fiscalização das ligações clandestinas.
Perdas Aparentes
Aumento da pesquisa de vazamento noturno;
Instalação de válvulas redutoras de pressão para diminuir a pressão de serviço e consequentemente os vazamentos;
Estudo da troca de material da tubulação de distribuição de água;
Aumentar em 3 anos a setorização para 70% da área do sistema de abastecimento de água com a implantação de macromedidores eletromagnéticos;
Compra de correlacionador de ruídos para aumentar a eficiência da pesquisa de vazamento.
Fonte: Ademir Izidoro – Presidente Samae de Jaraguá do Sul – 2106-9100 – ademir@samaejs.com.br
Ricardo Portelinha
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