Crédito das fotos anexas: Francisco Junkes e Ademir Pfiffer/PMJS
A Fundação Cultural de Jaraguá do Sul e o Museu da Paz promoveram ontem (2) a abertura da exposição "100 anos da 1ª Guerra Mundial", que pode ser conferida até 30 de setembro. São trabalhos de cerca de 240 alunos que, depois de pesquisa, exercitaram a arte baseados em elementos que lembram a guerra, mas sempre voltados para uma reflexão que remete a necessidade de paz. O assunto foi trabalhado na escola Valdete Inês Piazera pela professora Cristina Pretti. Para o historiador Ademir Pfiffer, o trabalho contribuiu com reflexões significativas e corrobora com a proposta do museu. "A professora identificou-se com a temática e fez uma releitura desta época, buscando a paz", disse.
Estimativas apontam para a morte de mais de oito milhões de soldados e 6,5 milhões de civis durante a Primeira Guerra Mundial, de 1914 a 1918, por conflitos políticos e militares. Entre os envolvidos diretamente estavam muitas nações, divididas entre a Tríplice Entente e as Potências Imperiais do Eixo. Pela primeira vez, tropas foram enviadas para lutar fora de seus continentes. Canadenses participaram de batalhas na França; australianos e neozelandeses foram para a província de Galípoli (no Noroeste da Turquia); e os Estados Unidos mandaram seus soldados para a Europa. Os franceses perderam mais de 20% de seus homens em idade militar. Muitos deles recrutados nas universidades. Um em cada três alunos de Oxford serviu na guerra, com registro de 25% de mortes. Com isso, muitas mulheres começaram a assumir trabalhos tipicamente masculinos para a época, primeiro em fábricas de armamentos e munição; depois desempenhando serviços predominantemente masculinos como bombeiros, eletricistas, carteiros e condutores de transportes públicos.
Por razões óbvias, a Primeira Guerra também forçou avanços na medicina. Foram aperfeiçoados métodos como o uso de citrato de sódio como anticoagulante. Assim, o sangue chegava às frentes de batalha ainda apto para uso. Uma empresa farmacêutica desenvolveu um método para a aplicação de doses controladas de morfina aos soldados feridos. A droga aliviava a dor e a ansiedade até o atendimento médico.
O uso de armas químicas também foi empregado. Apesar de gás lacrimogêneo já ter sido usado antes, em 1915 os alemães atacaram com uma arma mais perigosa as tropas francesas no Norte da Bélgica. Tratava-se de cloro na forma de gás, que provoca queimaduras na pele e o acúmulo de líquido nos pulmões, matando as vítimas afogadas. O arsenal alemão também incluía o fosgênio, um gás incolor e ainda mais perigoso que o cloro, cuja nuvem podia ser vista; além do gás de mostarda, um composto de cloroetila e enxofre altamente corrosivo e tóxico que pode cegar, queimar e causar bolhas quando em contato direto.
A exposição pode ser conferida gratuitamente no Museu da Paz, que fica no prédio da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul, na Rua Getúlio Vargas, 405. O telefone é (47) 2106-8700.
Fontes: Sidnei Marcelo Lopes, presidente da Fundação Cultural de Jaraguá do Sul e Ademir Pfiffer, historiador. Fones: (47) 2016-8700 e 2106-8719, respectivamente.
Pedro Bortoloti Junior
Jornalista (DRT SC 00968 JP)
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