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Revolução verde é tema discutido na Escola de Governo e Cidadania da AMVALI

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A Escola de Governo e Cidadania da AMVALI realizou na noite de ontem (23), a palestra “Revolução Verde”, ministrada por Nilsa Schroeder Gramkow, agricultora orgânica do Sítio do Rio do Braço, em Joinville, onde é desenvolvida unidade didática do Projeto de Revitalização do Rio do Braço. Na oportunidade foram debatidas questões sobre o uso de agrotóxicos, qualidade dos alimentos, segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.

A Revolução Verde refere-se à invenção e disseminação de novas sementes e práticas agrícolas, após a segunda guerra mundial, em 1945, que permitiram um vasto aumento na produção agrícola em países menos desenvolvidos durante as décadas seguintes.

Este modelo se baseia na intensiva utilização de sementes melhoradas (particularmente sementes híbridas), insumos industriais (fertilizantes e agrotóxicos), mecanização e diminuição do custo de manejo. Também são creditados à Revolução Verde o uso extensivo de tecnologia no plantio, na irrigação e na colheita, assim como no Gerenciamento de produção. De uma forma crítica, a “Revolução Verde”, proporcionou através destes pacotes agroquímicos a degradação ambiental e cultural dos agricultores tradicionais. Esse ciclo de inovações se iniciou com os avanços tecnológicos do pós-guerra, embora o termo revolução verde só tenha surgido na década de 70.

A palestrante também falou sobre o consumo de agrotóxicos que no mundo chega a 2,5 milhões de toneladas e no Brasil é superior a 750 mil toneladas. Nos últimos 40 anos, o Brasil aumentou em 700% o consumo de agrotóxicos, sendo que a região Sul consome 31% de agrotóxicos e a região Sudeste chega a 38%. O Brasil é o maior consumidor mundial de agrotóxicos chegando a 19%, depois vem os Estados Unidos com 17% e os outros países somam o restante 64%.

O uso de agrotóxicos mata e pode causar má formação fetal, dor de cabeça, diarreias, vômitos, desmaios, náuseas, problemas de rim, doenças de pele, irritação ocular e auditiva, depressão, lesão neurológica, câncer, problemas hormonais, neurológicos e reprodutivos.

Nilsa citou três livros como referência para os alunos: “Primavera silenciosa” de Rachel Carson e “O veneno está na mesa I e II” de Ricardo Semler.

De acordo com dados da ANVISA os alimentos mais contaminados por agrotóxicos são pela ordem, o pimentão, a uva, o pepino, o morango, a couve, o abacaxi, o mamão, a alface, o tomate e a beterraba.

“A alternativa é consumir alimentos orgânicos, os quais não utilizam agrotóxicos e adubos químicos em seu processo de produção, nem antibióticos, hormônios e outros insumos químicos” enfatiza.

Na próxima semana, no dia 30, o tema do encontro será sobre “ICMS e a Importância do Valor Adicionado “, aula a ser ministrada pelo Assessor de Movimento Econômico da AMVALI, Sr. Mateus S. Silvestrin.

DEMAIS INFORMAÇÕES : Nilsa Schroeder Gramkow 47 9971-5281