Na última sexta-feira, 25, o Comitê Itapocu promoveu o I Workshop com o tema “Contaminação de Águas Superficiais”, nas dependências da AMVALI em Jaraguá do Sul.
O evento proporcionou a apresentação e discussão de experiências preventivas e mitigadoras da Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR e as consequências à vida humana pelas contaminações de metais pesados ao meio ambiente.
Para contextualizar os problemas ocorridos na Subbacia do rio Itapocuzinho, manancial de abastecimento para a população de Guaramirim, o Engº Aldo Packer da Serrana Águas, empresa operadora da Águas de Guaramirim, discorreu sobre os 28 casos registrados de contaminação no rio Itapocuzinho, sendo que 8 destes foram necessárias paradas no sistema, acarretando prejuízos ao município por até 3 dias sem abastecimento.
A manhã contou com as palestras de técnicos da SANEPAR. A Geóloga Ester Amélia Assis Mendes, palestrou sobre o Programa de Conservação de Mananciais e o Plano de Segurança da Água, que incluem ações que a companhia paranaense adota na prevenção de contaminações de mananciais. Ester ainda compartilhou os desafios frente ao tema, principalmente no âmbito do Comitê de Bacia Hidrográfica.
Em seguida, o Engº Ambiental Rafael Cabral Gonçalves também da SANEPAR discorreu sobre as ações realizadas para reduzir os impactos de contaminações, como a colocação de placas de sinalização de mananciais, kit’s de emergência ambiental e sistema de treinamento para a Defesa Civil. Engº Cabral também apresentou o histórico de emergências ambientais em mananciais que ocorreram no Paraná.
A última palestra foi sobre as consequências de contaminação por metais pesados, ministrada pela Engª Sanitarista e Ambiental Daniela Damasceno da FATMA – Joinville, que apontou as consequências que os metais pesados podem causar ao meio ambiente e aos seres vivos.
Para finalizar, os presentes levantaram proposições para serem levadas à Assembleia Geral Ordinária do Comitê Itapocu. Entre elas foi evidenciada a necessidade da formação de uma Câmara Técnica sobre Contaminações, bem como, realizar o mapeamento da qualidade de água em diversos pontos da bacia e da rede de drenagem e esgoto; elaborar um estudo para um Plano de Segurança da Água e criar integrações com as secretarias de saúde e de vigilância sanitárias dos municípios.