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Unidade de processamento promete implementar a agricultura local

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A partir deste 1º de setembro, o município de Jaraguá do Sul ganha sua Unidade de Minimamente Processados que irá preparar vegetais e legumes para consumo em escolas, hospitais, Exército e comunidade em geral. O empreendimento, situado na Rodovia JGS 050, no bairro Garibaldi, é fruto de parceria que envolve a Prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Abastecimento, Cooperativa de Produção Agropecuária de Jaraguá do Sul (Copajas), Governo do Estado através da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) e Condomínio de Cooperados das Cooperativas de Produção , Agropecuária de Jaraguá do Sul (Condocooper).

A nova unidade funcionará nas instalações onde antes era o abatedouro municipal, fechado há 12 anos. A diretora do Condocooper, Ivanete de Souza, relembra como surgiu a ideia de reaproveitar o local com um novo empreendimento: “Com o fechamento da unidade de processamento de leite a cooperativa ficou muito fragilizada. Só tínhamos a banana como principal produto, mas comercializávamos também um pouco de verdura. A renda obtida, porém, não viabilizava nem a cooperativa e nem a permanência do agricultor”, argumentou.

No entanto, após reunião com a Epagri, os produtores tiveram conhecimento que o programa SC Rural, do Governo do Estado, disponibilizava recursos para a construção de uma unidade de processamento de vegetais como cenoura, repolho, batata, entre outros legumes e verduras.

Ivanete explicou que após sondagem de mercado, por meio de estudo do Instituto Jourdan, ainda na gestão municipal anterior, foi verificado a viabilidade econômica do empreendimento.

Para a reforma e transformação do antigo abatedouro na nova unidade de minimamente processados foram necessários R$ 360 mil também utilizados para a compra dos equipamentos necessários para o trabalho. Deste valor, metade foram repassados pelo Governo do Estado e os outros R$ 180 mil é contrapartida dos próprios agricultores locais.

“Com esse projeto a gente espera não só conseguir a permanência do pŕodutor no campo além agregar mais valores, mas também minimizar as perdas com sobras do que é produzido” projetou a dirigente da Condocooper. “Hoje boa parte dos produtos cultivados são jogados fora porque in natura estragam muito rápido. “A qualidade que é exigida na alimentação escolar, por exemplo, é grande. A partir de agora, com o processamento, a durabilidade desses alimentos também será maior.”

O secretário municipal de Desenvolvimento Rural e Abastecimento, Daniel Peach, explicou como funcionará a nova unidade. “O termo ‘minimamente processado’ se utiliza quando o trabalho envolve higienização de legumes ou verduras, que depois são picados e embalados a vácuo”, disse Peach. Esse processo trará mais desenvolvimento para a agricultura atendendo a demanda antiga de criar soluções para comercialização e produção”. Destacou.

Peach reitera ainda que próprio prefeito Antídio Lunelli, já tinha como proposta de campanha colocar aquela unidade para funcionar. “Então, juntamos o útil ao agradável. O governo anterior cedeu o espaço e nós agora vamos viabilizar junto ao condomínio a instalação e a reforma do prédio. Iremos dar todo apoio ao agricultor, dentro do Programa Cinturão Verde, no auxilio na questão da comercialização e abastecimento”, ponderou.

Já o presidente da Copajas, Sereno Zilse também avalia positivamente a iniciativa. “O trabalho irá envolver 10 pessoas que atuarão nesse centro de processamento. A partir daí, pretendemos ampliar o mercado pois acredito que vai ser um ganho para o agricultor local na produção e depois na venda através da própria Copajas”. Ele acrescenta que hoje a entidade conta com 98 produtores associados.

Os dirigentes da Copajas e Condocooper também esperam ampliar o leque de opções para a comercialização do produto. “Hoje Copajas e Condocooper trabalham com as escolas de Jaraguá e de outras cidades. Nosso objetivo é fornecer para outras unidades como hospitais, presídios e até o Exército o que dará ao agricultor mais garantia de vendas de seu produto, sem perdas”, apontou Ivanete.

O secretário lembra ainda que a produção da chamada agricultura familiar já em um papel importante, inclusive, na alimentação das próximas gerações de jaraguaenses. “Existe uma lei federal que estabelece que 30% da compra de alimentos para merenda escolar tem que vir da agricultura familiar do município. A gente avançou muito nesse sentido, já há sete anos a merenda servida em nossas escolas conta com 80% de produtos fornecidos por nossos agricultores”, observou.